Coleta de lixo: Polícia e MP denunciam Renova por crime ambiental
Empresa Renova é acusada de poluir vias públicas com chorume e dificultar fiscalização ambiental em Aracaju

A empresa Renova, responsável pela coleta de lixo em Aracaju, é suspeita de ter cometido três crimes ambientais, conforme investigação concluída pela Delegacia Especial de Proteção Animal e Meio Ambiente (Depama) da Polícia Civil. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Sergipe, que acolheu a denúncia e propôs um acordo de não persecução penal, ou seja, um tipo de acordo judicial que evita o processo criminal caso a empresa cumpra determinadas condições.
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram após denúncias de vazamento de chorume por caminhões da empresa em vias públicas da capital. Durante tentativa de fiscalização da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), houve resistência por parte dos funcionários da Renova, o que motivou a abertura do inquérito policial.
De acordo com o delegado Flávio Albuquerque, responsável pelo caso, a perícia do Instituto de Criminalística constatou que cinco caminhões utilizados na coleta estavam em situação irregular, operando sem a devida licença e representando riscos ao meio ambiente e à saúde pública.
“Comprovamos que a empresa dificultou a fiscalização ambiental, causou poluição com risco à saúde humana e operava atividade potencialmente poluidora sem licença ambiental. Concluímos o inquérito em menos de 30 dias, e o encaminhamos ao Poder Judiciário em junho. O Ministério Público acolheu integralmente as provas reunidas e propôs um acordo, no qual caso a empresa aceite, poderá ter o processo suspenso mediante o cumprimento das condições acordadas”, explicou o delegado.
A proposta do Ministério Público prevê o pagamento de 40 salários mínimos por parte da empresa, divididos em quatro parcelas. A Justiça já agendou audiência para que a Renova manifeste se concorda com os termos do acordo.
Entenda o caso
A investigação foi iniciada após a interdição de veículos da Renova, em 8 de maio deste ano, durante fiscalização da Adema motivada por denúncias de vazamento de chorume. Mesmo com ordem de paralisação, os caminhões continuaram operando. Representantes da empresa foram encaminhados à 3ª Delegacia Metropolitana. O caso foi encaminhado à Depama, que concluiu pela prática de crimes ambientais.
Fonte: Infonet
Júri popular condena acusados por homicídio de farmacêutico em Poço Redondo
Crime aconteceu no dia 29 de novembro de 2018, em Poço Redondo. Segundo a polícia, vítima foi sequestrada, torturada, agredida e atingida com tiros na face.