Na manhã desta quinta-feira (10), professores da rede municipal de ensino de Nossa Senhora do Socorro (SE) fizeram um protesto. Eles chegaram a invadir a sede da Prefeitura, mas de maneira pacífica. 

A intenção dos docentes é tentar fazer com que as negociações entre a categoria e a gestão municipal cheguem a uma solução. Entre vários pontos da pauta, está a atualização do piso salarial que neste ano de 2025 é de 6,27%. 

“Como há 15 anos temos nosso piso sendo pago e atualizado conforme as definições do MEC [Ministério da Educação], basta apenas a atual gestão aplicar o índice de atualização deste ano, mas as negociações estão começando a se arrastar”, disse Adenilde Dantas, diretora Jurídica do SINTESE.

Outra reivindicação é a atualização dos contratos dos professores recém-contratados.  De acordo com o sindicato, os contratos vigentes devem ter seus termos adequados à nova lei a partir da formulação de aditivos que garantam décimo terceiro, férias e o piso salarial nacional da categoria e isso ainda não ocorreu.

“Temos tido audiências e reuniões com o vice-prefeito, Elmo Paixão, mas têm sido desgastantes e improdutivas, pois a gestão não traz propostas, apenas diz que tem que fazer estudos, avaliar, mas nunca se conclui, não se chega a nada”, contou Adenilde Dantas. Após o ato, os professores foram até a Câmara Municipal da cidade.

Em nota, a Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro, por meio da Secretaria Municipal da Educação, alegou que desde o início da atual gestão tem mantido diálogo aberto com a categoria dos professores, sempre pautado pela responsabilidade e pelo compromisso com os profissionais da educação.

"A administração municipal tem conduzido estudos técnicos e financeiros com o objetivo de organizar as contas públicas e reestruturar a máquina administrativa, para que medidas como a readequação salarial e demais reivindicações possam ser analisadas com responsabilidade e segurança jurídica", afirmou.

O governo municipal reiterou sua disposição em seguir dialogando com os representantes da categoria e reforçou o compromisso com a educação pública de qualidade. "Apenas nos últimos três meses, cinco anexos escolares foram revitalizados e entregues à comunidade, ampliando o número de vagas e reduzindo a quantidade de crianças em cadastro reserva", continuou o posicionamento.

"Em tempo, a gestão entende como justo o direito à manifestação pacífica, contanto que a mesma não cause prejuízo aos alunos, tampouco ao direito à educação a eles garantido pela Constituição Federal", completou a nota.

Fonte: F5News