Saúde segue com vigilância laboratorial para monitorar vírus oropouche em Sergipe
Trabalho faz parte da investigação de arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos
Por causa da semelhança dos sintomas com a dengue, chikungunya e zika, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), iniciou no segundo semestre de 2023, a ampliação diagnóstica para arbovírus, com a inclusão da febre oropouche e a febre de mayaro. Desde então, foram realizadas 286 análises para febre oropouche, correspondente ao período de outubro de 2023 a maio de 2024, sendo todas com resultados negativos. Já nos meses de junho, julho e agosto deste ano, a unidade realizou mais de 800 análises, sendo 19 casos positivos.
Para garantir a correta vigilância laboratorial de agravos em saúde, o Lacen destaca a importância das medidas de prevenção, controle e diagnóstico a serem adotadas para o risco da circulação do vírus Oropouche (Orov) no estado. As orientações, contidas em nota técnica, visam a padronização dos procedimentos em serviços de saúde públicos e privados sempre que o paciente atender à definição de caso suspeito da enfermidade. O trabalho faz parte da investigação de arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos.
O superintendente do Laboratório Central, Cliomar Alves, explicou que a medida adotada pelo Lacen, referente ao diagnóstico diferencial das arboviroses, tem como intuito assegurar a ampliação da vigilância laboratorial. “Através desse trabalho, conseguimos alinhar respostas ágeis e em tempo oportuno, para tomada de ações nas esferas das vigilâncias, bem como fortalecer as políticas públicas no estado de Sergipe”, ressaltou.
Diagnóstico laboratorial
A febre oropouche é uma arbovirose causada pelo vírus Orov da família Bunyaviridae, transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides Paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
Devido à similaridade das manifestações clínicas, o diagnóstico de infecção provocada pelo arbovírus da febre do oropouche, só é possível por meio da utilização do painel RT-PCR em tempo real ou isolamento viral em amostras de pessoas com sintomas compatíveis com zika, dengue e chikungunya (ZDC), cujo resultados foram liberados como não detectáveis, ou seja, negativos para a presença de RNA viral de zika, dengue e chikungunya.
Cuidados
Os sintomas da oropouche se assemelham aos da dengue e chikungunya, como febre, dor de cabeça e dores nas articulações. Caso a pessoa apresente qualquer sintoma, o recomendado é procurar um serviço de saúde mais próximo da residência.
Fonte: ASN
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