Ana Lúcia: A situação é desesperadora, servidores públicos estão no limite.

Publiciado em 10/08/2017 as 04:57

A deputada estadual Ana Lúcia (PT) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe, na manhã dessa quarta-feira, 9, para abordar a grave situação dos servidores públicos do Estado que estão tendo os seus salários atrasados e parcelados pelo Governo.


Durante a sessão plenária, trabalhadores de diversas categorias do serviço público estadual, que tiveram o seu dia de paralisação em protesto contra o atraso e o parcelamento dos salários, lotaram as galerias da Alese para pedir apoio aos deputados para que essa situação se regularize. Ana Lúcia aproveitou a presença dos servidores para dialogar com as categorias sobre o papel que a Casa Legislativa cumpriu na instalação do atual cenário. “É preciso deixar claro que essa Casa não pode continuar aprovando projetos que prejudiquem a população sergipana, só pelo fato de o Governo ter maioria. A situação é desesperadora. Os servidores públicos, incluindo os aposentados, estão no limite”.


Ana Lúcia falou também da intransigência por parte do Executivo nas negociações. “Em relação à previdência, todas as alternativas colocadas pelo movimento sindical foram negadas. O que nós vemos são justificativas para que os direitos sejam negados”.


A deputada ainda destacou que o caminho para se superar a crise está na base do diálogo e na participação de técnicos, economistas e pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe que apontem saídas. “É preciso colocar os nossos estudiosos para participar dessa discussão. Nenhuma crise no mundo foi superada sem a participação da comunidade acadêmica. Fica aqui o nosso apelo para que essa casa estabeleça um diálogo com o Poder Executivo para que juntos com os técnicos da UFS, nós possamos encontrar alternativas para esses graves problemas. Dessa forma eu espero que no próximo mês haja o compromisso e o respeito à decisão judicial que determina o pagamento dos salários dos servidores dentro do mês", finalizou a deputada.


Ensino Integral


Durante o seu pronunciamento, Ana Lúcia também destacou uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) que constatou que o ensino integral (modalidade fomentada por reforma de Temer e seguida pelo Governo do Estado) exclui aluno trabalhador. “Essa pesquisa mostrou que em vez de contribuir para a redução das desigualdades educacionais, as escolas de ensino médio de tempo integral mantidas pelos estados de São Paulo, Goiás, Ceará e Pernambuco, da maneira como foram implementadas, contribuem para o aprofundá-las.