Interferência de senador sergipano para beneficiar ex-prefeito condenado por lavagem de dinheiro é apontada pelo Estadão
O Jornal Estado de São Paulo destacou, em uma reportagem detalhada publicada ontem, 06, a movimentação realizada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) para destravar uma emissora de rádio idealizada pelo ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita, que já foi preso por lavagem de dinheiro e improbidade administrativa.
Segundo a reportagem, a emissora possui como sócios o empresário Washington Valente e a filha de Sukita, que se posiciona como “superintendente”.
Procurado, Carvalho não teria respondido ao Estadão. No entanto, em reportagem à emissora, afirmou que teve “uma participação importante” na concessão da rádio.
Em nota, o Ministério das Comunicações informou ao Estadão que a autorização para a rádio funcionar “foi concedida com base em parecer da Consultoria Jurídica, “órgão técnico independente e vinculado à Advocacia-Geral da União (AGU)”.
Para a reportagem, o sócio Washington Silvestre informou que a condição para fazer parte do quadro societário da empresa foi de Manoel Sukita não estar incluído, pois não gostaria de “nenhum tipo de impedimento em nenhum CNPJ”.
Ao Estadão, Silvestre afirmou que o investimento na operação da rádio custará entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões. Segundo Silvestre, o valor abrange equipamentos, obras e o pagamento da concessão pública, que custou R$ 3,9 milhões e será quitada em 120 parcelas.
Washington também afirma que os processos e a prisão de Manoel Sukita o “assustaram muito”, mas que sentou com juristas de Aracaju, com pessoas do Ministério Público e todos falam que é uma armação”.
Sukita foi preso em junho de 2014 na Operação Pop, das Polícias Federal e Civil, por suspeita de lavagem de dinheiro, sendo condenado em 2022 pela Justiça Federal a 10 anos e 10 meses de prisão.
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