Governo não dará reajuste aos servidores em 2018
Na manhã da última terça-feira, 26, o secretário de Estado da Fazenda, Josué Modesto, participou de uma audiência na Assembleia Legislativa para a avaliação das metas fiscais do 1º quadrimestre de 2017. O deputado estadual Georgeo Passos (PTC), líder da oposição na Alese, se mostrou preocupado com os dados apresentados.
Para o parlamentar, o secretário levou más notícias principalmente para os servidores do Estado. “Segundo Josué Modesto, mais uma vez, o Governo não terá condições de dar o reajuste salarial para o funcionalismo. Pelo quarto ano seguido, esses trabalhadores serão prejudicados e ficarão sem a recomposição prevista em Lei”, lamentou Georgeo.
Apesar do anúncio negativo, chamou atenção o fato de, pela primeira vez, o Governo confirmar que houve aumento de receitas este ano em comparação a 2016. No primeiro quadrimestre de 2017, a receita corrente aumentou 11,5% - o que representa o acréscimo de R$ 227 milhões. “Isso confirma aquilo que a gente vem denunciando há meses. O Estado mentia ao dizer que a receita caiu quando na verdade aumentou”, comentou o deputado.
Outro ponto que Georgeo destaca como negativo da explanação do secretário da Fazenda na Alese é a aplicação de recursos em duas áreas importantes para a população. A Constituição Federal obriga que o Estado invista 25% da sua receita na educação e 12% na saúde. No entanto, o Governo de Sergipe não está cumprindo nenhuma dessas metas.
“O secretário mostrou que o Estado está desrespeitando a Lei. Somente 23,60% dos recursos foram investidos na educação e 9,23% foram empregados na saúde. Ou seja, o Governo não gasta seus recursos onde deveria apesar da receita ter aumentado. Enquanto isso, a população sofre com o descaso em duas áreas essenciais”, criticou.
Georgeo aproveitou e também lamentou a má colocação de Sergipe no Ranking de Competitividade dos Estados 2017. A pesquisa, anunciada nos últimos dias pelo Centro de Liderança Pública a Tendências Consultoria e a Economist Intelligence Group, colocou o Estado na última colocação no Brasil. “Os números demonstram cada vez mais que o Governo da década perdida prejudica o nosso Estado. Como alguém vai querer investir no Estado que está na pior colocação do ranking? ”, finalizou o deputado.
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