EUA anuncia que ''fundação'' vai distribuir ajuda em Gaza
O governo israelense nega a existência de uma crise humanitária e prometeu aumentar a pressão sobre o Hamas

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (9) que uma nova fundação vai se encarregar da distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em vez das Nações Unidas, uma vez que o bloqueio israelense de dois meses provoca grave escassez no território palestino.
A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, informou que a fundação não é governamental, e que fará o anúncio "em breve", sem dar detalhes.
"Recebemos com satisfação as medidas para que a ajuda alimentar urgente chegue rapidamente à Faixa de Gaza, de forma que chegue realmente a quem é destinada", disse Tammy. "Não pode cair nas mãos de terroristas como o Hamas."
Israel impôs um bloqueio de dois meses à Faixa de Gaza, o que levou as agências da ONU e outros grupos humanitários a alertarem para a redução alarmante de suprimentos — de combustível a medicamentos — no território palestino, de 2,4 milhões de habitantes.
O governo israelense nega a existência de uma crise humanitária e prometeu aumentar a pressão sobre o Hamas. Israel criticou por muito tempo a intervenção das Nações Unidas, por considerá-la parcial, e proibiu o trabalho da agência da ONU destinada a administrar a ajuda aos refugiados palestinos.
Questionada sobre a falta de um papel para a ONU, cujos esforços foram bloqueados por Israel, Tammy respondeu: "Os comunicados intermináveis à imprensa e o apaziguamento do Hamas não proporcionaram alimentos, remédio ou abrigo aos que necessitam."

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Protegido pelos EUA, o estreito é a principal rota marítima para navios petroleiros no mundo — e responsável por cerca de 30% do transporte global da commodity. Medida ainda precisa passar pelo Conselho de Segurança e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor.