Empresas brasileiras já sofrem com efeito cascata às vésperas de tarifaço de Trump
Tarifas impostas pelo governo americano já afetam cadeias de produção. Para professor da FGV, busca por novos mercados pode levar anos

Está marcado para quarta-feira (6) o início do tarifaço do presidente Donald Trump. Na prática, o decreto americano não afeta somente as empresas brasileiras com produtos agora sobretaxados. Prejudica toda a cadeia produtiva desses itens que, no ano passado, somaram US$ 14,5 bilhões em exportações para os EUA. Alguns deles foram desenvolvidos exclusivamente para clientes americanos e dificilmente terão outro comprador.
São 400 golpes por minuto. Tempo que a máquina leva pra produzir 800 lâminas de aço.
Essas peças são usadas na fabricação de bombas de extração de petróleo. Tudo feito sob medida pro cliente que está lá nos Estados Unidos. Por aqui ninguém sabe ainda se a empresa americana vai manter o contrato de 20 anos com a fábrica brasileira.
Isso sim pode ser um golpe duro. Só esses produtos exportados pros Estados Unidos respondem por 20% do faturamento da empresa. E vão ficar 50% mais caros por causa do tarifaço de Donald Trump.
"Esse produto é feito no mundo inteiro. A China é extremamente competitiva em mão de obra e tem matéria-prima barata, Ainda com uma taxa menor que a do Brasil, consequentemente a gente poderá ter um grande prejuízo”, afirma Moacir Matsuda, gerente comercial da empresa.
Se o cliente dos Estados Unidos cancelar os pedidos futuros, não é só a fábrica de lâminas de aço, na Grande São Paulo, que perde a venda.
Projeto de Sergipe é reconhecido pelo MEC como experiência inspiradora
Projeto ‘Lidera Aí’, desenvolvido pela Diretoria Regional de Educação 2 (DRE 2), também foi destaque na proposta contemplada nacionalmente