Alta da Selic: veja estratégias para minimizar efeitos dos reajustes em financiamentos imobiliários
Apesar do recente aumento para 11,25% ao ano, presidente da Associação dos Corretores de Imóveis de Sergipe explica motivos para mercado se manter otimista.
O mercado imobiliário brasileiro enfrenta desafios com o recente aumento da taxa Selic para 11,25% ao ano. Com a alta nos juros, as parcelas dos empréstimos ficam mais caras e tendem a desestimular a aquisição de imóveis, especialmente para quem depende de financiamentos de longo prazo. O cenário pode levar a uma retração na demanda, forçando ajustes nas estratégias das empresas do setor para atrair compradores em meio a condições de crédito mais restritivas.
Mas apesar dos desafios, o mercado imobiliário sergipano se mantém otimista em relação aos próximos 12 meses. Segundo o presidente da Associação dos Corretores de Imóveis de Sergipe (ACI/SE), Anderson Ramos, há fatores que sustentam esse otimismo.
“Mesmo com a Selic alta, temos observado uma demanda reprimida por moradia, especialmente impulsionada pelo aumento do home office, que leva as pessoas a buscarem imóveis maiores ou em áreas que oferecem melhor qualidade de vida”, afirmou.
Além disso, políticas governamentais, como o programa Minha Casa Minha Vida, têm incentivado o crédito habitacional, facilitando o acesso à casa própria para muitas famílias. “A percepção de que imóveis oferecem estabilidade e segurança em meio a incertezas econômicas têm impulsionado a procura por esse tipo de investimento. Em tempos de volatilidade nos mercados financeiros, muitos investidores veem o mercado imobiliário como um porto seguro”, completou Anderson Ramos.
Estratégias para minimizar os juros
Principal taxa de juros do país, a Selic é revisada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e atua como uma ferramenta de controle da inflação. A taxa influencia diretamente o custo do crédito e o consumo, e impacta diversos setores da economia, com destaque para o mercado imobiliário, que é altamente dependente de financiamentos.
Para mitigar os efeitos das altas taxas, diversas estratégias têm sido adotadas pelas empresas do setor imobiliário. Entre elas, o uso de subsídios e incentivos fiscais em programas habitacionais específicos, que ajudam a reduzir os custos de aquisição para os compradores.
Além disso, há um movimento crescente em direção a financiamentos que oferecem parcelas fixas ou com reajustes anuais mais suaves, visando tornar as condições de pagamento mais acessíveis. “Modalidades de crédito que incluem entrada facilitada e prazos de pagamento estendidos estão ganhando popularidade, assim como parcerias entre construtoras e instituições financeiras, que buscam oferecer melhores condições para os clientes”, explicou o presidente da ACI/SE.
Adicionalmente, o mercado tem visto um aumento na oferta de crédito imobiliário com taxas mais competitivas. Algumas instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banese, Santander, Itaú, e bancos digitais, como o Inter, têm inovado em seus produtos, oferecendo soluções flexíveis e taxas reduzidas. O surgimento de fintechs também trouxe opções de crédito mais acessíveis e menos burocráticas, o que amplia as alternativas para quem deseja financiar um imóvel.
“É fundamental que os compradores pesquisem as condições de cada instituição, pois podem encontrar taxas mais atrativas e vantagens adicionais dependendo do perfil de crédito e do tipo de financiamento”, acrescentou Anderson Ramos.
Sobre a ACI/SE
A Associação dos Corretores de Imóveis de Sergipe (ACI/SE) foi fundada em novembro de 2019 e atua na valorização dos profissionais do estado. Atualmente, a instituição mantém um calendário anual de ações voltado para a categoria e para comunidade em geral.
Por assessoria de imprensa
Secretaria da Fazenda divulga índices de rateio do ICMS para os municípios em 2025
Por lei, o Estado é obrigado a repartir com as prefeituras 25% do volume arrecadado com o ICMS e dos créditos tributários resultantes desse tributo