Mangabeiras: Prefeitura encerra Plantão Social com quase 100% de contratos de aluguéis concluídos

Publiciado em 10/07/2020 as 06:17

Nesta quinta-feira, 9, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, finalizou o Plantão Social, ação destinada às famílias das Mangabeiras cadastradas para o programa Pró-Moradia, que construirá um complexo habitacional com 1.102 unidades habitacionais na ocupação, localizada no bairro 17 de Março. Nessa etapa do cronograma do processo de realocação das famílias do projeto, as famílias assinaram os contratos de aluguéis e os termos de adesão ao programa. 

Cerca de 810, das 836 famílias cadastradas, compareceram e foram asseguradas os seus aluguéis sociais durante toda o período de construção da obra, que terá o prazo de dois anos para conclusão. 

Para a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, mais um ciclo foi fechado com a garantia de assistência a toda comunidade que se encontra em situação de vulnerabilidade. “Estamos no último dia do Plantão Social, aqui no Cras do 17 de Março. Esta ação é, na verdade, um momento para que as 836 famílias cadastradas para o Pró-Moradia venham assinar os contratos dos aluguéis sociais e também os termos de adesão ao programa. Conseguimos atender 97% das famílias, resultado que reforça o quanto obtivemos sucesso durante a ação”, informa.

Além de ser um trabalho técnico, que envolve muitos protocolos, o cuidado com as pessoas foi levado em consideração. “A secretaria buscou agilizar ao máximo essa ação por causa da pandemia e, também, pelo período das fortes chuvas que causam inundações na comunidade que se encontra em situação de vulnerabilidade. Então, nós aqui também estamos ansiosos para acabar todo esse processo e levar segurança e conforto para as famílias da Ocupação das Mangabeiras”, complementou a secretária .

A ação foi realizada no Cras Maria Diná Menezes, no mesmo bairro onde está localizada a ocupação. A secretária adjunta da Assistência Social, Selma França, avaliou a ação como positiva e dentro dos conformes. “Antes de iniciarmos essa fase foi feito um estudo da área para que o atendimento fosse realizado com todas as medidas e protocolos necessários, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), com os profissionais utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e instruídos a fazer com que as famílias respeitem o distanciamento social, além dos processos de higiene e limpeza. Toda uma logística que buscou respeitar a fase a qual estamos vivendo e também a tranquilidade de todos”, explicou Selma.

Todo o projeto é fruto de um longo caminho percorrido.  Segundo a diretora da Gestão Social de Habitação e Cadastro Único, Rosária Rabelo, nessa ação, além das pessoas cadastradas, as famílias que não estavam no cadastro foram atendidas. “Durante dois dias, também abrimos o atendimento às famílias não cadastradas. Infelizmente não teremos como inseri-las nesse programa porque é algo que já está fechado, não há como sofrer qualquer tipo de alteração. Porém, inserimos essas pessoas em um banco de dados para que, aquelas que se enquadram no perfil, possam ser inseridas em programas de habitação no futuro”, explicou. 

O último dia da ação ocorreu com tranquilidade e pouca movimentação, uma vez que a grande maioria das famílias já haviam sido atendidas. “Podemos dizer que fechamos essa ação com chave de ouro. Hoje percebemos que praticamente não há movimentos, visto que praticamente todos os contratos já foram assinados. Ficamos muito satisfeitos em vermos tantos sonhos se concretizando”, reforçou Selma França.

A próxima e última etapa será realizada entre o dia 20 e 24 de julho, que será a retirada das famílias da Ocupação das Mangabeiras para a derrubada dos barracos. A Prefeitura vai disponibilizar transporte para o carregamento dos bens materiais das famílias até a residência alocada e garantirá todo o apoio necessário. Após o momento, será realizada a construção dos lares e dado início a um recomeço na vida dessas famílias.

Jaci Rodrigues Santos, 35, aguardou dois anos para este momento da assinatura do contrato e sonha a todo momento com a entrega do tão desejado novo lar. Ela foi no último dia da ação para concluir a pendência do contrato. “Estou muito emocionada porque agora vou poder dar um lar para meus filhos e colocá-los em segurança. Aguardei por muito tempo e agora tenho a certeza de que logo em breve será tempo de recomeço”, destaca.

Para  a manicure Joseci de Carvalho Santos, 50, não é diferente, o sentimento é de gratidão. “Hoje estou saindo daqui com meu benefício e com a certeza de que terei um local pra ficar em breve. Estou muito ansiosa, mal consegui dormir e agora é aguardar receber a casa que tanto sonhei”, informa.

Ericles Ferreira Santos, 23, mora com a família há quatro anos na Ocupação e sai no último dia de resolução de pendência com o contrato assinado. “Passei por dias muito complicados morando em situação precária e, agora, graças à Prefeitura vou poder ter a minha casa própria”, explica.

 

Da AAN