Não há recursos para um novo Aeroporto de Aracaju. O atual será reformado.

Publiciado em 30/03/2017 as 09:37

Por Edson Junior

Na manhã de hoje (30), o líder do governo Michel Temer no Congresso, deputado federal André Moura (PSC), concedeu entrevista ao jornalista André Barros, na 103 FM, e negou que esteja saindo do PSC para ingressar em outra sigla.

Mas não descartou a possibilidade!

Ao longo da entrevista, falou também sobre o recente encontro que teve com o governador Jackson Barreto (PMDB); sobre Canal de Xingó; obras de ampliação do Aeroporto Santa Maria e da duplicação da rodovia BR-101 - que se arrasta há décadas, sem conclusão - e eleições 2018, com importantes declarações.

Sobre o Canal de Xingó, planejado para ser um grande córrego de passagem de água para diversos municípios sergipanos, André Moura lamentou o atraso das discussões para a realização dessa obra e explicou que ainda não tem, sequer, o projeto elaborado, mas em reunião com o presidente Michel Temer, conseguiu R$ 20 milhões para essa finalidade.

Com relação à ampliação do Aeroporto Santa Maria, André Moura jogou um balde de água gelada no turismo sergipano, ao revelar que o custo de R$ 400 milhões inviabiliza a obra e que a atual estrutura do aeroporto tem capacidade para sustentar o fluxo de chegada e saída de aeronaves por mais 21 anos, ou seja, até 2038.

A boa notícia, para atenuar o sofrimento do setor turístico, é que R$ 53 milhões já estão liberados para instalação dos fingers, que são aqueles túneis sanfonados que conduzem os passageiros do terminal de passageiros para as aeronaves e para climatização e modernização do atual terminal de passageiros.

Em relação à ampliação da BR-101, Moura também não deu uma boa notícia para os sergipanos. Revelou que a obra vai levar mais algum tempo e que será dividida em etapas, com uma nova pIsta contornado o município sergipano de Umbaúba.

Sobre a recente aproximação com o governador Jackson Barreto, André Moura enalteceu o diálogo aberto com o governador e considerou importante a somação de esforços da classe política sergipana em benefício dos interesses de Sergipe, mas que essa agenda administrativa com o governador, não significa nenhum entendimento político com ele.

Questionado por André Barros de que estaria de saída do PSC para o PMDB, o líder do governo afirmou que no momento não há a menor possibilidade dessa mudança acontecer. Disse que esta bem no PSC, mas não descartou que possa mudar de sigla.

Ponderou que a política é "dinâmica" e que não fica descartada, em em algum tempo futuro, sua mudança para um outro partido, que poderia ser o PP, o PSDB ou mesmo o PMDB. Essa mudança dependeria do momento político da época.

Vários ouvintes enviaram perguntas para André Barros sobre o destino de André Moura nas eleições de 2018. Afinal, ele será ou não candidato ao governo?

O líder afirmou que seu projeto político é de reeleição, inclusive vem conversando com as lideranças políticas do Estado nesse sentido. Reafirmou que o nome do candidato dentro do bloco que pertence é o do senador Eduardo Amorim, que recentemente saiu do PSC e hoje está no PSDB.

Mas não descartou a possibilidade de vir a ser candidato ao governo, se essa for a vontade do seu grupo. "Qual político não desejaria ser o governador do seu estado", disse ele, já deixando a porta escancarada.

Com o prestígio que desfruta em Brasília atualmente e com a indecisão de Eduardo Amorim entre senado e governo, será que o cavalo está passando selado para André Moura chegar ao governo em 2018?