Seminário aborda o psicólogo do SUAS na luta pela democracia e pelos Direitos Humanos

Publiciado em 10/07/2020 as 16:42

A última mesa do I Seminário ‘Psicologia, Democracia e Direitos Humanos no Brasil: por uma psicologia atuante na promoção de liberdade e dignidade humana’ apresentou na quinta-feira, 9, o tema ‘A Psicóloga e o Psicólogo do SUAS na luta pela democracia e pelos Direitos Humanos’. Para debater esse assunto foram convidados o psicólogo Reginaldo Vieira Santos Júnior (CRP19/1549), especialista em gestão da política de assistência social, pós-graduado em psicodrama, com foco socioeducacional, experiência como técnico do CRAS e atualmente na gestão do CRAS Risoleta Neves e a psicóloga Carolina Rodrigues Alves de Souza (CRP19/1719), com experiência de trabalho na Proteção Social Especial, professora universitária, mestre em psicologia social, doutora em psicologia.

 

A conselheira Daiana Santos Vieira Alves (CRP 19/2050), técnica de referência do CREAS Divina Pastora, integrante da Comissão de Direitos Humanos do CRP19 e coordenadora do GT-SUAS, atuou como mediadora.

 

Carolina Souza, que é trabalhadora do SUAS no município de Aracaju(SE), apresentou a estrutura da política do Sistema Único de Assistência Social que assegura assistência social como política pública dever do Estado e direito do cidadão que dela necessita e levantou algumas questões: qual nosso papel enquanto psicóloga, psicólogo, dentro dessa política de quem necessita? Quais são os critérios que se estabelece? Quais os critérios de necessidade?

 

“É sempre muito polêmico pensar sobre o que é uma política que serve para quem dela necessita. Em primeiro lugar é importante não assumir a postura de que está tutelando usuário, que não sabe o que fazer a própria vida. Se a gente está pensando em termos de democracia e de efetivação de direitos, precisamos partir do pressuposto de que aquelas pessoas são capazes de entender o que estão fazendo, o que estão pedindo. É o cuidado que o profissional precisa ter para não supor que sabe mais sobre a necessidade a vida do outro do que a própria pessoa”, explicou.

 

O psicólogo Reginaldo Júnior apontou a necessidade de se avaliar os aspectos que produzem legitimação, preconceito, discriminação e que ferem os direitos humanos e causa sofrimento. “A psicologia tem muito a contribuir para resgatar os vínculos com o usuário, a gente pode propor intervenções que atravessem esse cotidiano de desigualdades e violência que é posto para essas populações investindo na apropriação por todos em lugar de protagonismo”, aponta.

 

Durante quatro dias, I Seminário ‘Psicologia, Democracia e Direitos Humanos no Brasil’, evento gratuito realizado pelo Conselho Regional de Psicologia de Sergipe (CRP19), por meio da Comissão de Direitos Humanos (CDH), reuniu estudantes de Psicologia e de outras áreas de conhecimento, profissionais e docentes. Em atendimento às orientações para não propagação da   Covid-19, o seminário foi realizado 100% online.

 

 

 

Assessoria de Comunicação | CRP19