'Psicologia, Democracia e Direitos Humanos no Brasil' é tema de abertura do webnário do CRP19

Publiciado em 08/07/2020 as 15:05

Na abertura do I Seminário promovido pelo Conselho Regional de Psicologia de Sergipe (CRP19), por meio da Comissão de Direitos Humanos (CDH), transmitido on line, apresentou o tema “Psicologia, Democracia e Direitos Humanos no Brasil”. A mesa redonda virtual, dessa segunda-feira, 2, mediada pelo Conselheiro Presidente do CRP19, Naldson Melo, reuniu os palestrantes Eliane Silvia Costa, psicóloga (CRP-20/10256), coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e José Robson Santos de Barros, advogado, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE.


O Conselheiro Fernando Antônio Silva, coordenador da CDH, abriu os trabalhos com uma referência aos 65 mil mortos no país vítimas da covid-19 e pediu um minuto de silêncio. “Deixamos aqui o nosso pesar juntos aos familiares e amigos dessas pessoas. Nosso pesar aos 12 milhões de trabalhadores que perderam seus empregos e que nesse momento são vítimas de violência, especialmente o feminicídio”, disse.

 

O advogado José Robson Santos fez uma análise histórica dos Direito Humanos e pontuou sobre a grande maioria das pessoas que tem sua dignidade afrontada sequer sabe o significado de Direitos Humanos. “Nós temos que fazer com que esse debate saia desse espaço de pessoas com conhecimento e alcance diretamente aquelas pessoas que são verdadeiramente afrontadas em sua dignidade humana. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi o ponto chave e veio para dar um basta. Depois de duas guerras mundiais, com 100 milhões de pessoas mortas, as nações se reuniram, em 1945, e a partir de então começa a escrever um pacto. Mesmo sem validade como lei, as nações se reuniram para dizer:  precisamos de um limite ou a civilização corre grande risco. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é a constituição do mundo”, comentou.

 

Na sequência, a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CFP, Eliane Silvia Costa,  também fez um apanhado histórico com uma reflexão sobre a opressão, que vem de longa data, de como cidadania passou por um processo de ressignificação e que a democracia,  do ponto de vista republicano, deve colocar em xeque a dominação e valorizar o respeito ao outro.  “O Brasil formalmente é um país republicano democrático, mas entre o formal e o nosso cotidiano há um hiato. Não há democracia com racismo, capacitismo, sexismo, no regime neo liberal. A luta pela democracia é uma luta específica e coletiva. O conceito de intersecção é fundamental e ajuda a entender que interseccionar essas lutas em prol do bem comum, por um mundo mais justo, equânime, sem desconsiderar as especificidades, e essa é uma batalha histórica da psicologia”, concluiu Eliane.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação | CRP19