SES alerta que Banco de Leite Humano Marly Sarney precisa de doação

Publiciado em 20/07/2018 as 11:52

A amamentação é, sem dúvida, a fase que define a saúde e a vida de todo ser humano. É no aleitamento que a criança adquire as proteínas e imunidade necessárias para um bom desenvolvimento físico.

Sergipe conta com o Banco de Leite Humano Marly Sarney (BLH), um órgão público vinculado à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), que é responsável por promover o aleitamento materno e executar as atividades de coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição do leite, gerida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Uma preocupação da SES é que o banco de leite está com baixo estoque devido à redução do número de doadoras,

Há um ano, a Secretaria de Estado da Saúde, disponibilizou à maternidade um carro que transporta os recipientes com os leites maternos. “As parturientes internadas na UTI e que vêm diariamente visitar seus bebês, fazem a doação e o excesso de leite, doam. O carro é de extrema importância porque trouxe suporte a domicilio”, revela a gerente do banco de leite.

Magda Solange Dória Vieira, atenta para a importância da doação e explica que qualquer mulher saudável, que esteja amamentando e produza mais leite do que o necessário para seu bebê, pode se tornar uma doadora, basta entrar em contato com o Banco de Leite Marly Sarney pelo telefone (79) 3218-9424, ou na rua Variante Dois, no bairro Capucho e manifestar o seu desejo de doar.

Ela deixa claro que a MNSL apela para que sejam feitas doações e informa que as mães que se tornam doadoras são inseridas em um programa de atendimento médico para seus filhos até completarem oito meses. “Além da importância de amamentar seu próprio filho, muitas mães também podem levar esse benefício para outros bebês internados na UTI Neonatal, por isso enfatizamos a importância de se ter um estoque suficiente que atenda essa demanda”, alerta Magda.

O banco de leite é responsável pela captação do alimento no município de Aracaju, direcionando esse leite para as unidades de UTI Neonatal. “Hoje, a exemplo das outras maternidades, contamos com esse índice baixo de doações, o que nos possibilita ofertar, apenas, para a MNSL. Atualmente, temos 17 doadoras domiciliadas, isso dá um suporte interessante para MNSL, mas a demanda é reprimida”, contextualiza.

Magda enfatiza que é preciso captar novas doadoras e o intuito é adquirir, também, leite e frascos para armazenar o alimento para que a parturiente possa alimentar seu recém-nascido, garantindo uma alimentação. Os mais indicados são os frascos de vidro de café solúvel com tampas de plástico de boa aderência, que deixem o vidro bem lacrado.

Doação segura

A doação do leite só pode ser feita por mães que estejam amamentando seus filhos e tenham excesso de leite. “A mãe não pode estar utilizando nenhum medicamento que contraindique a amamentação, não pode ter nenhuma doença e não pode usar drogas nem álcool”, advertiu a gerente do banco de leite.

O leite coletado pela mãe é transportado por funcionário do serviço, que se orienta por regiões (bairros próximos), acondicionando em caixas isotérmicas, contendo gelo reciclável, com termômetro de máxima e de mínima, o qual é levado o mais rápido possível para o banco de leite, onde é passado álcool 70% em todos os vidros e acondicionado no freezer específico para depois ser pasteurizado.

A gerente do Banco de Leite conta, ainda, que o Marly Sarney é referência estadual e possui certificação Padrão Ouro no controle de qualidade. “Todo banco de leite está ligado a uma maternidade com UTI Neonatal e são os bebês nascidos lá que têm preferência. Todo o volume recebido pelas doadoras é destinado apenas à maternidade e não há qualquer tipo de distribuição pessoal, isso vai contra a legislação”, assegura Magda.