O assédio moral está entre as violências mais corriqueiras. Geralmente, tem como alvo as mulheres em ambiente de trabalho, mas pode atingir qualquer indivíduo em posição hierarquicamente inferior. O assédio sempre existiu e é manifestado de diversas formas, como humilhações, chacotas, ridicularização e outras formas de intimidação que ofereçam constrangimento e atitudes vexatórias à sujeitos em ambientes de trabalho na relação interpessoal. André Assunção, psicólogo do Hapvida, fala sobre os problemas ocasionados pelo assédio. 

“O assédio traz prejuízos na vida pessoal, afetiva, social e de trabalho. Acarreta estresse, irritabilidade, tristeza, angústia e sentimentos ambivalentes de humor (como oscilações de humor). A pessoa, após passar por esses momentos, pode se sentir frágil e deprimida”, explica.

O assédio moral é crime e pode acarretar até dois anos de reclusão. “O assédio afeta a relação interpessoal das pessoas e promove afastamento, momentos de estresse e perfil irritado. A pessoa pode se ver com pouca pacientes e tolerância baixa. Enfraquece a relação com as pessoas a sua volta e causa afastamento”, acrescenta.

Segundo pesquisa promovida pelo site vagas.com, 52% dos brasileiros sofreram assédio moral, porém, apenas 12,5% tiveram coragem de denunciar a violência. Entre os motivos de não denunciar está o de perder o emprego, 39%, e o de sofrer represálias, 31,6%.

O especialista ainda aponta que na maioria dos casos as vítimas desse tipo de violência são pessoa introvertidas, com tendência a auto estima baixa e postura tímida. “Os autores podem ser gestores e outros colaboradores”, relata.

O psicólogo coloca que é possível sanar a situação através de uma postura firme de alguém que sabe se impor nos momentos adequados e sabe se defender de certas agressões. O sujeito (vítima) deve atribuir limites na relação com os colegas e chefia para que não se sinta mal nela, e caso continue a ocorrer, levar as autoridades o problema.