Como descobrir o abuso sexual contra crianças?

Especialista ressalta a importância de observar os sinais no dia a dia

Publiciado em 06/03/2018 as 10:38

Infelizmente, a violência contra a criança e o adolescente é mais comum do que se imagina. Segundo dados da UNICEF, a cada sete minutos morre uma criança ou um adolescente em qualquer parte do mundo, nesse cenário de tragédias, o Brasil ocupa o 5º lugar com maior taxas de homicídios contra adolescentes. O abuso sexual está entre as formas de violência mais praticadas contra a criança e o adolescente. O tema tem sido abordado na novela “O outro lado do paraíso” da rede Globo, e tem apontado a importância dos cuidados com esse grupo vulnerável.

Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, explica que é necessário observar os sinais como a inquietação ou o medo.

Você deve observar se seu filho parece estar hesitante ou com medo de ir para casa. Crianças abusadas geralmente também podem mostram reações extremas a barulhos altos, a movimentos repentinos ou até mesmo a toques físicos. Mesmo quando o abuso é sexual, estes sinais devem ser observados”, coloca.

Segundo a especialista, a família das vítimas desse tipo de violência se apresenta desestruturada e geralmente requer apoio psicológico. As consequências para as vítimas são diversas, e podem ir de danos psicológicos a danos físicos. Com os abusos sexuais, a criança e o adolescente têm a autoestima afetada, podendo dificultar o planejamento do futuro, esclarece.

Apesar da gravidade da violência e dos danos causados, é possível que as crianças e adolescentes vítimas dessa violência busquem tratamento. “Inicialmente, essas crianças necessitam de um apoio social. Subsídios suficientes para que a situação de rua não retorne. É preciso ainda identificar que os abusos sexuais possuem algumas diferenças com a exploração sexual, sendo esta última ainda mais grave, pois coloca a vida das crianças ainda mais em risco. O tratamento psicológico deve ser pautado em sua autoestima e no apoio com sua crença interna, fazendo com que a criança desenvolva outras habilidades diferentes das sexuais”, elucida.