No mês alusivo a conscientização do câncer de mama, o outubro rosa, é fundamental falar não só da prevenção e tratamento medicamentoso, mas, da importância com os cuidados psicológicos para aquelas mulheres que já enfrentam a batalha diária do combate a doença que é o segundo maior câncer entre as mulheres segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida, relata sobre as dificuldades encontradas pelas pacientes na descoberta da doença.

 

“Atualmente, o câncer tem uma taxa relativamente boa de cura quando descoberto no estágio inicial, por este motivo é importante as campanhas e o acesso aos exames de forma regular. Os pensamentos sobre a doença é que dificultam o tratamento, isto porque, as mulheres necessitam que o sistema imunológico esteja também fortalecido para auxiliar com a química necessária. Então, os pensamentos devem ser de esperança e de cura, vida nova, dentro das limitações que existem, mas não se pode pensar que está tudo acabado porque não é o que acontece com a maioria das mulheres que descobrem a doença em estágio inicial”, explica.

 

Um outro desafio as mulheres que passaram pelo câncer de mama é a adaptação as mudanças físicas como a mastectomia.

 

“A mastectomia possui um impacto considerável na sexualidade. Neste processo, o mais indicado é que, caso as mulheres tenha parceiros, esses possam enfatizar sempre outras características marcantes de seu corpo. A aceitação do seu corpo virá com o tempo necessário para cada uma, mas ela deve sempre ser encorajada a ousar, a lembrar que é muito mais que seu próprio corpo”, esclarece.

 

Durante o tratamento é comum que as mulheres não se sintam bem com sua aparência física e consequentemente fiquem com a autoestima baixa, até em decorrência dos efeitos do tratamento, como a queda de cabelo, por isso, é necessário o apoio e carinho dos familiares e amigos.

 

“Os amigos e familiares podem auxiliar trazendo pensamentos positivos, de amor, de afeto e de segurança. Precisam de ajuda para se levantar e se reerguer. Não precisam de pena, precisam de momentos de alegria, de acolhimento, de elogios, de lembranças agradáveis que tiveram juntos, como se não houvesse mudança alguma”, enfatiza a especialista.