Bebês com sequelas do zikavirus recebem, atendimento especial no Ipesaude

Publiciado em 17/07/2017 as 14:34

Ana Karoline foi diagnosticada com Zikavirus quando estava com 3 meses de gestação. A principio ela fez exames que não detectaram a microcefalia, como aconteceu em muitos casos divulgados na imprensa. Mas algumas sequelas interferem em algumas funções do seu filho, Bernardo de sete meses, como a visão por exemplo. Por isso, o bebê e a mãe, beneficiários do Ipesaude, estão sendo assistidos no Centro de Reabilitação Maria Virgínia Leite Franco. Além, outros bebês com microcefalia, síndrome de down e outras deficiências recebem atenção integral da equipe do Centro. “ Nós temos aqui a neuropediatra, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, que trabalham juntos no desenvolvimento desses pacientes e temos tido ótimos resultados, explica a coordenadora do centro de reabilitação, Marcia Fonseca Costa.
De acordo com a fisioterapeuta Natália Barreto “ Hoje ele é uma criança que realiza algumas atividades, outras não, ele consegue, por exemplo “ bolar” muito bem, ele pega firme nos objetos, tem uma boa conexão mão objeto, mas ele precisa de alguns estímulos para adquirir as posturas mais altas como sentar ou ficar em pé que ele ainda não adquiriu”, explica . “ A dificuldade que nós temos é justamente a baixa visão dele, ele consegue ver vultos, estímulos luminosos, mas a visão dele não é como a nossa, ele precisa reconhecer os objetos pelo tato. Então a gente usa muito estimulo auditivo, o tato”, diz.
Ana Karoline está satisfeita. Ela conta que teve zikavirus com 3 meses mas até então não sabia que tinha atingido o bebê. Só com sete meses de gestação é que o médico percebeu Bernardo tinha anomalias no cerebro e quando ele nasceu foi detectada a baixa visão. “ Quando eu soube do resultado eu chorei muito, fiquei muito triste, porque eu tinha outros planos, mas só em olhar para ele, com esse sorriso, eu encontrei forças e resolvi lutar pelo meu filho. E vim para cá para o centro e estou achando maravilhoso”, conclui.

Estatísticas: O Centro de Reabilitação Maria Virgínia Leite Franco passou por ampla m modernização nos últimos anos resultando em um aumento considerável do numero de pacientes. Para se ter uma ideia, em maio de 2015 foram 1781 atendimentos, no ano seguinte, 2016 foram 3238 e neste ano, 2017, o numero dobrou: 6.200 atendimentos. A média no ano de 2017 é de 5 mil atendimentos ao mês. “ Na medida que melhoramos nossos serviços, e que ampliamos, o usuário do Ipesaude tem nos procurado mais, os médicos tem indicado também e estamos nos dedicando a cada dia para fazer o melhor.