A importância do brincar para o desenvolvimento da criança

Publiciado em 13/06/2017 as 17:32

O brincar é fundamental no processo de desenvolvimento infantil. É através das brincadeiras que a coordenação motora é estimulada e desenvolvida, a cognição, a aprendizagem infantil e o incentivo na comunicação e nas formas de se relacionar socialmente. Joelina Abreu, psicóloga do Hapvida, e o neuropediatra Paulo Martins, também do Hapvida, falam sobre a importância do brincar.

“Brincando, os pequeninos descobrem o mundo, formam e fixam valores importantes na formação da personalidade. O ato de brincar pode moldar completamente a personalidade e direcionar alguns valores que as crianças vão carregar para o resto da vida, a partir da infância. Por isso, criança que não brinca tende a se tornar um adulto com dificuldade de relacionamento por causa da dificuldade de se expressar, expressar o que sente e o que pensa”, explica a psicóloga.

O neuropediatra ressalta que a brincadeira e a infância são diretamente associadas porque é no início da vida, com tantas descobertas, que a mente humana mais exercita a imaginação como forma de entender e compreender o mundo. Brincando, as crianças reproduzem aquilo que veem e tentam compreender o mundo que as rodeia.

Os pais devem favorecer a brincadeira dentro e fora de casa, mas as famílias não devem confundir esses momentos de brincar com o consumismo, alerta a especialista. “Se os pais apenas encherem as crianças de brinquedos, vão dar a impressão de que tudo é descartável, levando os filhos à reprodução desse comportamento nas outras fases da vida, como a adolescência e a idade adulta”, destaca.

 Os especialistas acrescentam que uma forma interessante de promover a brincadeira com a criançada é oferecendo desafios que possam ser superados com a cognição. Por exemplo: esconder um objeto na sala de casa e dar dicas para a criança, com noções matemáticas, de direita e esquerda, para cima e para baixo, etc. Ela vai aprender muito, ao mesmo tempo em que se diverte e estreita os laços com os parentes.

 “Outra ideia é reservar um ambiente calmo e tranquilo, que deixa a criança livre para escolher o que verdadeiramente quer fazer. Quando ela encontra, então se concentra. Um espaço organizado, sem tantos brinquedos jogados, estimula a criança a brincar muito mais do que se o lugar estiver uma bagunça, com brinquedos por todos os lados, o que dificulta a visualização e a escolha da criança”, ressalta Joelina Abreu.