Presidente da Associação Brasileira dos Planos de Saúde fala sobre a crise no setor

Publiciado em 11/06/2017 as 09:36

O custo da saude suplementar no Brasil, de acordo com relatorio elaborado pela Abramge a partir de informações da ANS, vem caindo 1,9% ano a ano desde 2014. Entre os desafios do mercado está a redução do número de operadoras em atividade. Para se ter uma ideia, no Brasil eram 1969 empresas há 10 anos, hoje são 959 operadoras no Brasil. Dessas, 800 empresas atuam no mercado. Fusões e incorporações resultaram na transferência de carteira dos usuários para outra empresa.

Atualmente 4 operadoras de grande porte possuem patrimônio líquido negativo. Esse é o resultado dos custeios e balanços entre o que tem a receber e o que tem a pagar. O aumento dos custos, a variação anual dos custos médicos hospitalares. Além disso, as planilhas de custo oferecidas pela ANS apresentaram índices de custo superior a 15% e os planos de saúde não acompanharam esse índice nos seus reajustes. O cenário econômico brasileiro já afetou 5% dos 50 milhões de usuários de planos de saúde

De acordo com o presidente da Abramge, Flávio Wanderley, "a dinâmica do setor de redução dos custos deve contemplar a eliminação de fraude e abusos econômicos, transparência entre fornecedores e operadoras, redução do desperdício, melhora na performance do atendimento medico".

Dr. Flavio Wanderley revela ainda o que as operadoras estão fazendo para enfrentar a recessão econômica, que deixou mais de 1,6 milhão de pessoas sem planos médico-hospitalares desde o início de 2015 até os dias atuais. "Essa crise motivou as empresas a serem mais eficientes na gestão de seus negócios e a oferecerem inovações em produtos e serviços. A expectativa é de que, a partir da retomada da economia, o setor volte ainda mais forte".