Geralmente identificada em âmbito escolar devido às dificuldades na leitura, escrita e entendimento dos conteúdos em sala de aula, a dislexia é um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica. As dificuldades apresentadas acabam resultando em um déficit no componente fonológico da linguagem. Lívia Vieira, psicóloga do Hapvida, explica que com os sintomas identificados, deve-se procurar o apoio de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo clínico.

“Esta equipe vai verificar a necessidade do parecer de outros profissionais como oftalmologista, neurologista e otorrinolaringologista para realizar diagnóstico diferencial. Para o indivíduo receber o diagnóstico de disléxico ele precisa ter capacidade intelectual normal; visão e audição normal; não deve possuir problemas psíquicos ou neurológicos graves; escolaridade adequada para a idade cronológica”, completa.

A especialista destaca que brincadeiras lúdicas podem contribuir no tratamento das crianças com dislexia. “Brincadeiras lúdicas que estimulem os indivíduos a vencerem suas dificuldades e a buscarem estratégias de superação, como quebra-cabeça, jogo da memória, caça palavras, encontrar os erros, entre outros jogos que estimulem a coordenação, a atenção, a fantasia, brincadeiras em grupo e esportes em várias das suas modalidades, como natação”, orienta.

 A postura dos pais é fundamental para o tratamento. Eles precisam agir em conjunto com a equipe multidisciplinar e professores.

“Precisam ouvir e disciplinar seus filhos, devem sentar e brincar com eles, entender e ajudar em suas superações diárias, estimular os avanços, elogiar cada passo dado, trabalhar para aumentar a autoestima dos filhos, demonstrar confiança e fazer com que os filhos confiem mais neles mesmos”,reforça a psicóloga.