Liberdade e conquista de direitos

Entenda a importância do empoderamento feminino

Publiciado em 10/03/2017 as 11:34

O mês de março tem um forte significado para a luta das mulheres, afinal, o 8 de março é um dia histórico de mulheres que ousaram reivindicar seus direitos. Atualmente, as mulheres têm conquistado seu espaço nos mais diversos campos, seja no profissional, educacional e na vida política. Para falar dessa conquista, a psicóloga Carla Cristini Cunha, do Hapvida Saúde, explica a importância do empoderamento feminino.

“Empoderamento é, como o nome sugere, o ato de se dar o poder à mulher, a liberdade de escolha, o poder de participação social e garantir que as mulheres possam estar cientes sobre a luta pelos direitos, como a igualdade entre os gêneros, por exemplo”, elucida.

A especialista ressalta a diferença entre o empoderamento e o feminismo. “O feminismo existe não para colocar a mulher no lugar do homem, mas para colocá-la como protagonista da própria existência. Por isso, o feminismo é um movimento que leva ao empoderamento das mulheres”, destaca.

Algumas pessoas têm resistência em compreender o que é o feminismo, e erroneamente concluem que é um movimento semelhante ao machismo só que exercido por mulheres, por não compreender que o machismo é uma das formas de violência e opressão às mulheres.  “O feminismo é o movimento que busca a igualdade de gêneros e é preciso que se diga que feminismo não é o contrário de machismo. O machismo não é um movimento social como o feminismo, mas sim o nome que se dá ao conjunto de hábitos e regras sociais que se baseiam na figura do homem, o macho, enquanto mais forte e provedor. Por esse raciocínio, só os homens poderiam (e deveriam) trabalhar fora para manter a família; escolher os representantes na política; dirigir um carro, etc”, explana.

O respeito entre os gêneros deve ser ensinado desde a mais tenra idade, é um papel que cabe a família, a escola e a sociedade de forma geral. “Isso começa quando as mulheres ainda são meninas. E é preciso que os rapazes também sejam educados para respeitar o espaço feminino. Essa evolução já provoca mudanças de comportamento e mexem até com o cenário econômico. As indústrias de brinquedo, por exemplo, já começam a produzir joguinhos de panela e outros utensílios domésticos para meninos e meninas, sem evidenciar cores como o azul ou rosa, classicamente associados a meninos e meninas, respectivamente”, esclarece.