De olho no Enem!

Especialista orienta como manter o equilíbrio necessário para um bom desempenho na prova

Publiciado em 25/10/2016 as 11:25

É muito comum entre a maioria das pessoas que em véspera de prova o nervosismo apareça. Nessa hora as mãos começam a suar, o sono desaparece, o medo toma conta entre outros sintomas ocasionados pela insegurança. Às vésperas do Enem muitos jovens estão passando por essas situações, e é por essa razão que a psicóloga do Hapvida, Anna Lívia, orienta como agir para que se alcance o equilíbrio na hora da prova.

 

 

“Muitos alunos se preocupam demais com seu desempenho em provas. Um pouco de preocupação é saudável, caso contrário, a maioria não estudaria para elas. Mas ansiedade demais é extremamente nociva: prejudica o raciocínio, pode causar lapsos de memória e diminuir o foco e a concentração.  A primeira sugestão é óbvia, mas para muitos alunos, é a mais difícil de ser seguida: prepare-se bem para a prova. Quanto mais bem preparado você estiver, menos ansioso se sentirá. O ideal é que você mude a forma de encarar os testes. Em vez de enxergá-los como um mal necessário, passe a vê-los como um desafio e uma oportunidade de demonstrar sua disciplina, empenho, inteligência, memória e raciocínio”, indica.

 A especialista ainda recomenda que aqueles que irão fazer a prova tenham uma boa noite de sono na véspera, se alimente bem e chegue cedo ao local da prova. Estudar um dia antes não é aconselhável.

“Não estude para a prova na véspera. Comece a se preparar com antecedência. Se a prova for muito importante ou testar muito conteúdo, comece a se preparar para ela no mínimo duas semanas antes. Além de estudar o material didático que consta no livro ou na apostila, revise as anotações que fez em classe. Se você se preparar com antecedência, sentirá muito menos ansiedade no dia do exame. Isso porque você terá tido tempo suficiente para estudar e revisar o material. Contudo, se decidir estudar para a prova na última hora, saiba que estará correndo uma série de riscos, que provavelmente aumentarão sua ansiedade. Você pode descobrir que é matéria demais para estudar em tão pouco tempo ou que os conceitos são complexos e não há tempo suficiente para dominá-los. Ao fazer séries de exercícios, você pode concluir – quando já for tarde demais – que não compreendeu a matéria tão bem quanto imaginou e aí já não há mais tempo para tirar dúvidas com o professor”, alerta.

Uma outra preocupação é de que forma a família pode apoiar nesse momento. Uma boa postura dos familiares pode ser uma peça chave nessa etapa tão importante. Impasses com relação à escolha da carreira são desaconselháveis nesse momento, podendo prejudicar o rendimento dos filhos na prova. A especialista ainda reforça a importância de os familiares evitarem as cobranças.

“As mudanças das narrativas da família vão ser importantes neste momento. Porque as narrativas são ‘você tem que passar’, ‘já investi o ano todo’, ou até pior, ‘estou vendo que você não está estudando, tem que estudar mais’. E eles ficam muito angustiados com isso, porque parece que o que eles estão fazendo nunca é o bastante para a família. Tem que respeitar o ritmo dos estudantes, apoiar, dizer que estarão ali apoiando independentemente de qualquer resultado”, lembra.

É importante que, independente do resultado que os jovens tenham, os familiares continuem oferecendo apoio e mantendo o diálogo constante. Ao não passar na prova os jovens costumam ter sua autoestima abalada, mas se houver respeito, orientação e diálogo, logo essa fase poderá logo ser superada por toda a família.