Gilton Rosas/CMA

A vereadora Linda Brasil (PSOL) tem denunciado e repudiado os atos antidemocráticos que estão ocorrendo em Aracaju e em suas intervenções na Câmara. Ocupou a Tribuna na manhã da última quinta-feira, e ressaltou que além de ser um comportamento de desrespeito a democracia do país, uma vez que está ocorrendo para se opor ao resultado eleitoral para a presidência, não está havendo respeito com a comunidade local, que há quase um mês tem tido as ruas ocupadas, com muito barulho e sujeira, prejudicando as/os moradores.

“Não se pode defender um Golpe Militar e a Constituição ao mesmo tempo. Não existe na Constituição Federal qualquer previsão de intervenção armada ou federal para fins de mudar o Presidente ou a eleição”, declarou.

A parlamentar ressaltou que importantes documentos que regem a cidadania precisam ser respeitados, como o Código Penal e a Constituição, ambos explicitam que tal ato reflete em uma postura criminosa, e que pedir por intervenção militar é um duro golpe à humanidade, uma vez que o período de Ditadura no Brasil foi um dos mais cruéis da história mundial.

“Lembro que em 2018 ninguém contestou o resultado das urnas e nem ameaçou a democracia ou quis impedir a posse do presidente eleito. É muito grave o que está ocorrendo porque pessoas estão sendo incitadas a agir contra um presidente eleito. Isso representa uma ameaça à própria segurança de Lula”, colocou.

Valer ressaltar, que os atos questionam somente o resultado para a presidência. São reivindicações desconexas da realidade e sob uma máscara de liberdade de expressão estão mascarando outros objetivos. Para Linda é importante que as autoridades constituídas investiguem tais manifestações que estão para atender interesses de uma classe de pessoas que tem poder aquisitivo alto, e que tem interesse que a democracia seja colocada em risco para não perder seus privilégios.  

Violência política institucionalizada

 A vereadora pediu atenção na tribuna e denunciou que sofreu silenciamento na sua atividade parlamentar, pois, ao denunciar os atos antidemocráticos, ela foi citada por um vereador que a criticou pelos seus posicionamentos, e ao pedir direito a explicação pessoal, como versa o regimento interno, uma manobra foi realizada para não ser concedido seu direito.

“Ontem eu fiz uma fala aqui sobre os atos antidemocráticos, anticonstitucionais, que não está acontecendo só em minha cidade, mas em todo o Brasil. Após isso, um vereador citou meu nome e repudiou minha fala, por direito que consta no regimento interno qualquer vereadora ou vereador que se sentir ofendida/o tem direito à explicação pessoal, e eu tive esse direito negado. Percebo que existem manobras sendo feitas para esvaziamento do plenário, para não ter quórum”, disse.

A parlamentar ainda refletiu sobre a importância de se ter o quórum para votações de proposituras das vereadoras e dos vereadores que são importantes para a população.

”Diversos projetos de lei na pauta para serem votados não estão sendo devido a não ter número suficiente de pessoas no plenário, isso é grave”, ressaltou.

Ascom Mandata de Linda Brasil