Niully Campos é oficialmente candidata ao Governo de Sergipe pelo PSOL

Publiciado em 08/08/2022 as 10:24

Niully Campos é oficialmente a candidata do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na disputa ao Governo de Sergipe. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 4, durante a Convenção Partidária, que revelou o nome de Demétrio Varjão (PSOL) como vice e confirmou também Henri Clay Andrade (PSOL) na disputa ao senado. A candidatura recebeu o apoio do partido Rede Sustentabilidade que vem junto ao PSOL na Federação.

 

A Convenção Partidária PSOL/Rede aconteceu na Escola do Legislativo, Centro de Aracaju, reunindo militantes dos dois partidos, todos uníssonos em apoio ao nome de Niully Campos nessa disputa. “Estamos aqui para romper o atraso político que Governa Sergipe e garantir mais dignidade para sergipanas e sergipanos. Dignidade começa com o povo tendo o que comer, onde morar e tendo saúde pública de qualidade para trabalhar. Vamos gerar emprego através do investimento em inovação, em economia solidária e criativa, que respeita territórios e meio ambiente. Garantiremos que políticas públicas para as mulheres estejam no centro das ações em todo o nosso Programa de Governo. Um novo Sergipe é possível! Está na hora de Sergipe ter governadora”, pontuou Niully.

 

Niully agradeceu o apoio que recebeu e a indicação do seu nome. “Quero agradecer a todos do PSOL e da Rede por me escolherem para ser a candidata à governadora de Sergipe, escolherem também Demétrio Varjão, como vice, esse jovem que tem a luta política em sua história e Henri Clay para ser o nosso senador lá no Senado Federal. Henri Clay é único candidato senador de esquerda, que sempre esteve ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras. A escolha de uma jovem mulher negra e mãe para ser futura governadora de Sergipe, uma mulher que não tem sobrenome político tradicional, que é neta de Dona Didica do doce da Capela, filha da professora Izabel Cristina e de Marco Campos, já diz muito do que pensamos, diz muito sobre representatividade, sobre a compreensão do lugar que o PSOL ocupa hoje na política sergipana, e diz mais sobre a nossa capacidade de unidade em torno das grandes lutas que a realidade nos impõe”, disse Niully, que reiterou seu compromisso com a federação PSOL e Rede Sustentabilidade.

 

“Me comprometo com todos que acreditaram em mim. Colocarei toda a minha energia para fazer jus a envergadura política e eleitoral que o PSOL construiu com muita luta no estado de Sergipe. Meu compromisso pessoal não é com o poder político-econômico, algo que as demais chapas aí colocadas tem. Vou usar o que tenho de potência, usar a minha voz, para ao lado de vocês ser um megafone, potencializando as candidaturas do PSOL e as candidaturas da Rede, potencializando um projeto político alternativo de esquerda radicalmente popular para Sergipe. Vamos fazer isso para o povo, mas, principalmente com o povo”, anunciou Niully.

 

Rompimento do atraso político de Sergipe

 

No decorrer da Convenção Partidária, Niully Campos explicou as diretrizes que permearão sua candidatura. “Vamos apresentar um projeto para Sergipe construído com o povo, focado na participação popular e com controle social de política pública, assim que chegarmos ao governo. Durante a campanha vamos apresentar uma alternativa a toda a mesmice que estamos vendo aí. Um programa capaz de romper com o atraso político de Sergipe e que rompa também com o neoliberalismo disfarçado de nova política. O PSOL é o partido autor da ADPF 828 que impediu os despejos forçados na pandemia, tem militância na luta do MTST, na luta pela classe trabalhadora, nas ocupações, na Universidade, nas mangabeiras, na capoeira, nas artes, na música, nos coletivos, na luta contra tortura, pela população LGBTQIAP+, na luta do povo, no campo e na cidade, do litoral ao sertão de Sergipe. Aqui todas as lutas se encontram e levaremos na campanha a semente de esperança na política construída no cotidiano da vida do povo, da política como instrumento de luta e mudança real da vida das pessoas”, enfatizou Niully.

Mencionando a situação retratada pelas chapas concorrentes, Niully Campos declarou que está na hora de uma mudança real na “fotografia do poder” na política sergipana. “Basta olharmos as fotos e vermos os mesmos, homens brancos, ricos, empresários. Eles são os mesmos que sempre comandaram o estado de Sergipe. Nossa chapa é diferente, tem pluralidade, tem respeito. Somos a mudança da fotografia do poder em Sergipe. Representamos o povo de Sergipe de verdade. Isso não é importante só para aparecer bem na foto, mas para entregar política pública que responda de verdade às demandas reais da nossa gente. O Desafio será grande, mas tenho fé no povo de Sergipe. Acredito na capacidade do diálogo honesto. Nosso potencial é grande e sabemos que é possível construir um Sergipe mais desenvolvido, mais humano, mais justo”, anunciou Niully.

 

 

Renda Básica

 

Niully Campos revelou que a federação PSOL/Rede Sustentabilidade focará a campanha nas diretrizes sociais que garantam uma vida digna ao povo sergipano. “Dignidade começa com o nosso povo tendo o que comer, onde morar, tendo saúde para trabalhar. Estes pontos têm consonância com o programa que PSOL defende para o governo do presidente Lula. Precisamos acabar com a fome e com a miséria em Sergipe. Esse compromisso não deve ser apenas político, mas sim um compromisso ético. Lutar contra a dor da fome deve ser a meta mobilizadora da campanha e do nosso governo, porque não podemos conviver com o que o povo de Sergipe está passando. Não dá para aceitar que mais de um milhão de sergipanas e sergipanos não tenham certeza se farão as três refeições no dia. É uma tragédia humanitária aqui em nosso Estado. Vamos garantir renda básica permanente para o povo de Sergipe, porque renda básica é garantir cidadania, algo que o Estado de Sergipe não fez durante a pandemia e o nosso povo ficou aqui passando fome”, enfatizou.

Sobre emprego e renda, Niully Campos revelou ser esta uma das bases de seu projeto político. “Precisamos gerar emprego e renda a partir de um grande programa de construção de obras públicas, de construção de moradia popular. É trazer a luta do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) na construção de cozinha solidária como um exemplo de se fazer política pública. Vamos fazer uma disputa intransigente, mas, também pedagógica, pois entendemos que o Estado deve ser o grande indutor do desenvolvimento econômico”, frisou.

Niully Campos ainda salientou mecanismos que serão trabalhados em sua campanha com foco na promoção econômica. “Vamos mostrar alternativas de geração de emprego com inovação, investimento em economia solidária e fomento ao turismo de base comunitária, que garanta respeito às relações entre as comunidades tradicionais, seus territórios e o meio ambiente”.

 

Única representante mulher na disputa

 

A candidata pelo PSOL ao governo de Sergipe, Niully Campos aproveitou a oportunidade da Convenção Partidária para exaltar o papel da mulher na sociedade e na política estadual e nacional. “Somos maioria nas universidades, nos lares, somos a base da classe trabalhadora. As mulheres sentem todos os dias a realidade do feminicídio, da violência obstétrica, do desemprego, da saúde precária. Em Sergipe, a Casa da Mulher Brasileira, uma política pública de 2013, nunca saiu do papel por falta de vontade política, apesar da luta das mulheres. As políticas públicas precisam ser orientadas a partir desta realidade, tendo a mulher na base e no centro das ações do Governo. Não basta ser mulher na política, é preciso compreender a luta. Nós vamos construir um governo ao lado das mulheres negras, brancas, quilombolas, indígenas, cis, trans, das mulheres do campo e das cidades”.

 

 

Da Ascom