Empresário responsável pela gestão de um grupo empresarial de sucesso, Marco Pinheiro licenciou-se de suas funções junto à Associação Comercial e Empresarial de Sergipe e Conselho Deliberativo do Sebrae em Sergipe na semana passada para mostrar que o modelo de gestão aplicado em empresas de sucesso são a chave do desenvolvimento social, se atrelado ao modelo de gestão pública.

Segundo Pinheiro, gestão é a chave para o sucesso de empresas, principalmente num país que dificulta o empreendedorismo e coloca milhões de pessoas na informalidade. “Há uma série de conflitos, alguns deles até injustificáveis. Para que se gere emprego, é preciso que o terreno seja favorável não apenas para o governo, mas para que dona Maria, que vende verduras na feira e faz entrega, possa ter seus direitos garantidos”. 

“Temos muitas discrepâncias, que não são resolvidas pela ausência de experiência por lidar com situações como essa, principalmente tributárias. A partir do momento que entendemos que o pequeno, o médio e o grande negócio são diferentes, não aparecem, por exemplo, taxas únicas que colocam um quiosque de uma praça e um supermercado no mesmo patamar”, explicou ao mencionar, por exemplo, a taxa de vigilância sanitária na capital.

Ainda de acordo com Marco Pinheiro, as dificuldades se agravaram ainda mais no cenário de pandemia. “Vivemos um momento difícil, principalmente para o pequeno negócio, que começava a se recuperar antes do Covid-19. Com a nova crise, esses negócios possuem, hoje, dificuldade para conseguir crédito, para honrar com seus compromissos e manter seus quadros. São os micro e pequenos empresários que mais contratam e que, infelizmente, sofrem mais neste momento”, lamentou. 

Exemplos pelo Brasil

Em diversos Estados e municípios pelo Brasil, o modelo de gestão aplicado por empresários e pessoas com experiência neste modelo de gestão tem se mostrado eficaz na geração de emprego e, inclusive, no combate à pandemia do Covid-19.

Um resultado da gestão de Romeu Zema em Minas Gerais, por exemplo, foi a geração de quase 98 mil vagas de emprego formal em 2019. Esse resultado é maior que toda a região nordeste e responsável por quase um terço de todos os empregos gerados no Sudeste”. Minas também foi o Estado que estabeleceu um dos modelos mais detalhados para a reabertura dos negócios, mantendo a liberdade dos municípios e o diálogo com o setor da saúde e com a classe empresarial. 

Mato Grosso, administrado pelo ex-presidente do sistema Sesi Senai, optou por um modelo baseado no fortalecimento do sistema de saúde de maneira permanente, abrindo 210 novos leitos, sendo 30 novas Unidades de Tratamento Intensivo por um custo total de R$ 16,5 milhões, mantendo o estado de alerta ao mesmo tempo que a economia manteve seu funcionamento.

Em municípios do Sul do país, como Cascavel, no Paraná, que optou pelo diálogo estabelecido para a criação de normas que atendam os agentes sanitários, ao mesmo tempo que compreendidas e consolidadas com empresários. O resultado: mesmo com o comércio e economia em pleno funcionamento, o município possui 788 casos e a ocorrência de 11 óbitos pela doença.

Da Assessoria