Diná Almeida defende maior representatividade feminina em esferas profissionais

Publiciado em 09/03/2020 as 07:44

Até pouco tempo atrás a participação da mulher no mercado de trabalho era ínfima e sua atividade laboral se resumia a tarefas domésticas, como cuidar da casa e dos filhos. Embora essa realidade tenha mudado timidamente, a ideia de uma mulher assumindo uma carreira profissional ainda assusta muita gente.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD), realizada pelo IBGE em 2018, 51,7% da população brasileira é mulher. Se elas são maioria, por que ainda nos surpreendemos quando vemos uma ocupando um cargo profissional? O debate é profundo e remete a formação da sociedade, que é machista. Os estereótipos de gênero aparecem já quando somos crianças, influenciados com distinção de brinquedos e cores de acordo com o sexo do recém-nascido.

Para a deputada estadual Diná Almeida (PODE), já passou da hora das mulheres assumirem o protagonismo profissional. “Nós mulheres, somos maioria da população. Temos capacidade para trabalhar em qualquer área, não somente a doméstica. A mulher sempre sofreu repressão, tendo adquirido o direito ao voto muito tempo depois dos homens e sendo intitulada como o sexo frágil, por exemplo. Não podemos mais achar tolerável que esse tipo de discurso continue a ser espalhado e ficarmos surpresos quando descobrimos que a equipe de cientistas que sequenciaram o genoma do Coronavírus, em tempo recorde, é chefiada por duas mulheres!”

A falta de representatividade nos ambientes de trabalho influencia bastante as novas gerações. O parlamento estadual sergipano, por exemplo, conta com apenas seis deputadas, de um total de 24. Já a Câmara de Deputados em Brasília, conta com 77 deputadas federais, de um total de 513, o que representa uma média de 15%.

Diná Almeida, que tem a igualdade de gênero como bandeira de seu mandato, acredita que a disparidade do número de mulheres no mercado de trabalho tende a diminuir, mas alerta: “Se não nos educarmos e educarmos as nossas crianças, continuaremos a reproduzir o machismo e veremos menos mulheres ocupando menos postos de trabalho. Por isso políticas públicas que ofereçam mais oportunidades para o sexo feminino, bem como campanhas de conscientização e educação são extremamente importantes”.

Da Ascom