'Sem a redução da desigualdade social, não há democracia', diz senadora Maria do Carmo
A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) voltou a defender hoje que o projeto de reforma tributária, seja formatado com vistas à redução da desigualdade social. “Pôr fim a esse disparate seria o ideal, mas sabemos que isso é quase utópico. Porém, o Congresso tem o dever moral de se debruçar para encontrar alternativas que impactem menos na vida dos menos favorecidos”, disse Maria.
No seu entender, não há como se pensar em democracia, sem justiça social. “Não é possível que 1% da população continue concentrando riqueza, enquanto 99% são penalizados com a mesma carga tributária aplicada aos afortunados. Essa conta precisa ser revista para que a balança seja equilibrada”, afirmou Maria, observando que o combate à desigualdade dar-se-á com a revisão do modelo de distribuição de renda no Brasil.
Ela citou que menos de 1% da população adulta mundial, detém mais de 40% da riqueza do mundo. “Enquanto isso, temos uma maioria cidadãos entregues à indignidade, na base da pirâmide. Como se pensar em democracia, sem partilha, sem condições dignas, sem acesso a direitos elementares, como moradia, saúde, educação e segurança? É uma questão complexa”, salientou Maria do Carmo Alves, afirmando que, o fato é que se arrecada muito, mas gasta-se mal, sem critério claro de compartilhamento.
“O resultado disso é visto, claramente, nos nossos indicadores sociais, especialmente, no Nordeste”, completou a senadora democrata, destacando que a Comissão Especial, formada por 50 congressistas, cujo trabalho foi iniciado nesta terça-feira (3), tem o desafio de compilar o que está colocado nas duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC), que tramitam no Congresso, para encontrar o ponto de equilíbrio e apresentar uma proposta menos nociva à grande massa. As PEC’s citadas pela senadora são a 45 e a 110, que tramitam na Câmara Federal e no Senado, respectivamente.
Da Ascom
Eleições 2024: veja quem são os pré-candidatos à Prefeitura de Aracaju
Segundo a legislação eleitoral, os nomes devem ser confirmados durante as convenções, que ocorrem entre 20 de julho e 5 de agosto.