'Combater a pobreza exige ultrapassarmos os limites de bandeiras ideológicas', destaca senadora

Publiciado em 22/10/2019 as 17:34

Ao apontar a pobreza como um grave problema de exclusão e desigualdade social, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) chamou a atenção para o olhar dos professores-pesquisadores Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer, que conquistaram o Prêmio Nobel de Economia 2019 por fazerem uma abordagem experimental para aliviar a pobreza global.

“Essa questão do combate à pobreza requer urgência e dispensa bandeiras político-ideológicas, pois está em jogo a dignidade do cidadão”, disse Maria, ressaltando que, no Brasil, em muitos casos, a população não tem direito sequer, ao básico para a sobrevivência.

A senadora citou como exemplo, dados da última pesquisa PNAD, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último dia 16, que revelam o alargamento da desigualdade social nos últimos anos, impactando diretamente na falta de acesso a direitos fundamentais para as camadas sociais menos abastadas financeiramente.

“Esses dias, li um artigo da procuradora do Estado de São Paulo, Patrícia Helena Massa Arzabe, onde ela retrata com muita propriedade esse problema, afirmando que o Brasil “distribui a mais da metade de sua população doenças, ausência de moradia, educação insuficiente que não permite trespassar a barreira do analfabetismo funcional, desemprego e desagregação cultural”. A consequência disso, observou Maria, é materializada na pobreza extrema.

Para a senadora é duro ouvir o Comitê do Nobel revelar que, segundo informação do Banco Mundial, cerca de 700 milhões de pessoas, ainda, vivem em extrema pobreza. Outro dado apontado mostra que 50% das crianças de todo o mundo deixam a escola sem alfabetização básica e sem mínimas habilidades de matemática.

“Sem falar que outras cinco milhões de crianças no mundo, ainda, morrem por causa de doenças que poderiam ser evitadas se lhes fossem oportunizadas condições dignas de sobrevivência”, pontuou Maria do Carmo, para quem o Brasil precisa colocar a questão social como prioridade para qualificar os indicadores e gerar menos desigualdade.

Da Ascom