Presidente diz que não está em discussão o fechamento da Petrobrás
A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Federal convocou ao presidente da Petrobrás (Petróleo Brasileiro S.A), Roberto Castello Branco, para uma audiência, na tarde desta terça (dia 08). Na oportunidade, o presidente foi questionado pelo deputado federal Fábio Henrique (PDT/SE) sobre a situação da empresa e os desinvestimentos que estão acontecendo em Sergipe, justamente quando ocorreram importantes descobertas no Estado.
Fábio Henrique ressaltou que Sergipe é um estado produtor de petróleo e com grandes descobertas de reserva de gás natural. “Há uma informação de que, em janeiro de 2020, a sede da Petrobrás será desativada. Os trabalhadores da Petrobrás devem ser direcionados para o Sudeste e os terceirizados perderão seus empregos. A informação é que isso faz parte de uma política da empresa de retirada de suas ações administrativas do Nordeste”, falou o deputado.
De acordo com o parlamentar, essa notícia tem deixado Sergipe muito preocupado, pela importância da Petrobrás tem na economia do Estado. “Acho que essa é uma oportunidade para esclarecer o que há de verdade. A Petrobrás vai sair de Sergipe? Operações deixarão de existir? A base administrativa será desativada?”, questionou Fábio Henrique.
Sobre o fechamento da base administrativa, Roberto Castello Branco afirmou que esse fato não está em discussão no momento. “É parte da nossa estratégia a venda de campos maduros terrestres e em águas rasas. Isso porque a contribuição desses campos para a produção total da Petrobrás é muito pequena, a produtividade é muito baixa. A produtividade média do Pré-Sal é de 21 mil barris/dia até 50 mil barris/dia, já uma produtividade média da produtividade de poços é de apenas 16 barris/dia”, explicou o presidente.
Ele explicou que os campos estão sendo vendidos para empresas pequenas e médias produtoras de petróleo. “Eles não estão pagando centenas de milhões para fechar o campo, eles não rasgam dinheiro, estão fazendo isso porque possuem tecnologia para recuperação desses poços. Essas empresas vão substituir a Petrobrás nesses campos, irão investir, gerar empregos e arrecadação para os estados”, argumentou o gestor.
“Falaram sobre o desmonte da Petrobrás no Nordeste, isso não é verdade! Sergipe é um estado que nos interessa em águas profundas, e continuaremos investindo no que a Petrobrás sabe fazer de melhor, com capital humano especializado e tecnologia. Sergipe está fazendo as coisas certas, se tornará um harbi de exportação e distribuição de gás natural liquefeito, com um centro de produção de energia elétrica a gás natural. Vejo boas perspectivas para o Estado, com possibilidade de irradiar para outros estados do Nordeste”, disse Castello Branco.
FAFEN
O presidente da Petrobrás também falou sobre a situação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados - FAFEN, situada no município de Laranjeiras. “Ela está em estado de hibernação, foi posta para arrendamento, e no dia 11 de novembro receberemos as propostas. Já sabemos que existem várias empresas com interesse de arrendamento”, enfatizou Roberto Castello Branco.
Da ASCOM
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