O senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) lamentou na terça-feira (8), no Plenário do Senado, números divulgados pelo Jornal Valor Econômico, direcionados à pobreza extrema no Nordeste, e em Sergipe. “A miséria no interior nordestino cresceu, entre 2016 e 2017, pouco mais de 11% passando de 6,09 milhões, para 6,77 milhões de pessoas vivendo, de maneira precária e desumana”, disse o senador ao completar que a quantidade de cidadão vivendo abaixo da linha de pobreza extrema também cresceu nas capitais, em Aracaju mais de 30%.

Segundo o senador, a crise fiscal dos estados, que limitou investimentos públicos e a consequente geração de empregos, pode ter tido um efeito expandido no interior do Nordeste. “Uma das saídas para tirar o povo nordestino dessa situação vexatória, seria a implementação de políticas públicas efetivas que estimulassem o agronegócio, mantivesse os homens e mulheres do campo em suas terras, vivendo de forma digna”, explicou Eduardo.

De acordo com os dados apresentados pelo senador, Sergipe encabeça mais um, dentre tantos outros, rankings negativos. “O interior sergipano apresentou o segundo pior resultado da região, com crescimento do número de pessoas vivendo na pobreza extrema de 22%, numericamente, em 2016, eram 196.530 cidadãos; já em 2017 esse número havia subido para 240.668”, mostrou o parlamentar.

Sergipe

“Se somarmos o número de pessoas vivendo na pobreza extrema, em Sergipe, essa cifra chega a quase 330 mil pessoas. É importante frisar que são consideradas pessoas que vivem em pobreza extrema aquelas com renda domiciliar per capta inferior a RS$ 1,90 por dia, de acordo com o Banco Mundial”, disse Amorim.

Eduardo frisou que Sergipe não passa por um bom momento em sua história. “Somos o mais violento do país, nossa capital, uma das mais violentas do mundo. Na educação, temos mais de 10% população analfabeta, amargamos o pior IDEB, e somos o pior estado no quesito leitura. A saúde encontra-se definhando na UTI e o rosário de dor e desesperança da população segue”, relatou.