Maria Mendonça defende fortalecimento dos bancos públicos

Publiciado em 07/10/2017 as 05:56

A deputada estadual Maria Mendonça (PP) defendeu o fortalecimento dos brancos públicos que, segundo ela, são de fundamental importância para o desenvolvimento do país. Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa nesta sexta-feira, a parlamentar ainda criticou ações adotadas pelo governo federal como o fechamento de agências – principalmente da Caixa e do Banco do Brasil- e o incentivo às demissões voluntárias. “É preciso que os bancos pensem no lucro financeiro, mas também no lucro social”, defendeu.

De acordo com Maria Mendonça, a cidade de Itabaiana, principal centro comercial do agreste sergipano, possui duas agências bancárias da Caixa e duas do Banco do Brasil, mas estão com seu funcionamento ameaçado em razão do plano de desinvestimento das instituições financeiras. “Sabemos o quanto os bancos estão visando o lucro financeiro e esquecendo-se dos seus trabalhadores. Já há informação de que tanto a Caixa quanto o Banco do Brasil pretendem fechar uma de suas agências em Itabaiana. Isso não é justo porque trata-se de um município de grande porte, com uma economia pujante que atende toda aquela região”, relatou a deputada.

Ainda segundo Maria, o enfraquecimento das instituições bancárias públicas se repete a nível estadual, no Banco do Estado de Sergipe (Banese), embora haja capacidade para investimento tendo em vista o lucro líquido de R$ 36,3 milhões no primeiro semestre de 2017, resultado 61,7% superior ao registrado no mesmo período de 2016. A deputada lamentou o tratamento dispensado não apenas aos trabalhadores, como também aos clientes do banco que, de acordo com Maria, “enfrentam filas quilométricas nos pontos Banese que não atendem a contento, dificultando a vida das pessoas”.

Maria Mendonça lembrou que instituições como a Caixa, o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram fundamentais para a oferta de crédito que ajudou a manutenção de produções, empregos e consumo em 2008, quando da crise financeira mundial. “As agências físicas deixam de existir para priorizar o atendimento digital. Porém, essa lógica não se aplica ao Nordeste, particularmente, em relação às pequenas cidades. Os bancos públicos têm papel fundamental para o progresso do nosso país, por isso, quero me somar aos bancários nesta luta”, concluiu a deputada, colocando-se à disposição para buscar o diálogo com as superintendências das instituições no Estado.