Conjunto Eduardo Dutra é uma justa homenagem, afirma Rogério

O residencial contará com 580 unidades habitacionais e será construído no Porto D’Antas (Euclides Figueiredo), realizando o sonho da casa própria de centenas de famílias sergipanas.

Publiciado em 18/01/2016 as 08:04
Divulgação

Na manhã da última sexta-feira (15), Rogério Carvalho se reuniu com assessores e destacou a homenagem que o governador Jackson Barreto presta ao ex-senador por Sergipe, José Eduardo Dutra, falecido no ano passado, ao colocar o nome do companheiro petista em um conjunto habitacional, o Conjunto Senador José Eduardo Dutra. “Parabenizo o governador ao dar o nome do companheiro Zé a um residencial. Com isso, o governador Jackson Barreto reconhece a importância e memória desse mineiro que escolheu Sergipe como sua casa, prestigia a família dele, prestigia seus companheiros e o Partido dos Trabalhadores. É, sem dúvida, uma justa e bela homenagem ao nosso companheiro”, enalteceu Rogério.

O residencial contará com 580 unidades habitacionais e será construído no Porto D’Antas (Euclides Figueiredo), realizando o sonho da casa própria de centenas de famílias sergipanas. “A defesa pela moradia foi uma, das várias bandeiras que o companheiro Zé Eduardo empunhou como trabalhador, sindicalista e senador da república. Zé honrou Sergipe e o Brasil com um mandato ético e intransigente na defesa da classe trabalhadora e é merecedor de todas as honras e lembranças”, avaliou o presidente do PT, Rogério Carvalho.

Ele também parabenizou o governador pela assinatura dos decretos que mudam os nomes de escolas que tinham nomes de ex-presidentes da república ligados à ditadura militar. “O período de chumbo em nosso Paísfoi um tempo que devemos lembrar para sempre, para que sempre estejamos vigilantes sobre o horror que foi cometido contra os brasileiros. Mas devemos também jogar no lixo da história aqueles que cometeram atrocidades, aqueles que torturaram, perseguiram e mataram estudantes, intelectuais e políticos que se opuseram ao infame regime ditatorial. O governador viveu esse período e quis a história de Sergipe que fosse ele, na democracia por que lutou, a tirar os nomes dos ex-presidentes Emílio Garrastazu Médici, Castelo Branco e Costa e Silva de nossas escolas e colocar nomes de ilustres personagens devotadas à educação e à liberdade que ela proporciona. Dar o nome de Paulo Freire, do Prof. João Costa e Nelson Mandela às nossas escolas, não é uma “vingança” aos ditadores, como bem disse o governador Jackson Barreto, mas um reparo na história e homenagem à democracia”, enfatizou.

O presidente do PT falou também sobre a Operação Cajueiro em Sergipe, que no próximo dia 20 de fevereiro completará 40 anos. Mencionou vários militantes políticos daquela época, que foram perseguidos, presos e torturados, como Milton Coelho, Wellington Mangueira, Marcélio Bomfim, Antônio Góis, Poeta Mário Jorge Menezes (irmão da deputada Ana Lúcia), Ana Côrtes, Bosco Rollemberg e os saudosos Gervásio dos Santos, o Careca, e Rosalvo Alexandre, o Bocão. “Devemos a eles e a todos e todas que lutaram contra o regime de chumbo, a liberdade que temos hoje. O governador reescreve uma nova página na vida dos torturados e mortos pela ditadura militar. Infelizmente, não dá mais para devolver a visão ao petroleiro Milton Coelho, nem aplacar as feridas na alma do nosso querido Wellington Mangueira, dos combativos Antônio Góis e Marcélio Bomfim, que fundaram o Partido dos Trabalhadores, e dos saudosos Careca, Bocão e Poeta Mário Jorge, mas dá, ao menos, para mostrar às futuras gerações, que os nomes dos exditadores Médici, Castelo Branco e Costa e Silva, não merecem a lembrança dos sergipanos e o governador foi sensível a isso e coerente com sua história, ao tirar os nomes desses ditadores das nossas escolas”, finalizou Rogério Carvalho.

Indicação e Projeto de Lei da deputada estadual Ana Lúcia

Importante registrar que em 2010, a professora e deputada Ana Lúcia apresentou indicação 5/2010 ao então governador Marcelo Déda, solicitando a alteração dos nomes de escolas da rede pública estadual que homenageavam presidentes do regime militar e em 2013, elaborou e apresentou à Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 99/2013 que propunha alterar os nomes de estabelecimento, instituição e prédios públicos que enaltecessem indivíduos que participaram de qualquer ato de tortura ou violações de direitos no período da ditadura militar.

Ascom PT/Se