Instituto de Identificação prende 158 após descobrir nomes verdadeiros

Publiciado em 10/01/2020 as 11:11

Uma história que poderia ter ficado apenas nas páginas de jornais e nos arquivos da Justiça teve um final diferente com as novas diretrizes do Instituto de Identificação de Sergipe. Com os novos procedimentos adotados pela instituição, uma mulher de 53 anos condenada pela Justiça do Rio de Janeiro pela prática de homicídios que vitimaram crianças na década de 1990 naquele estado. Essa foi uma das 158 prisões que ocorreram em 2019 por tentativas de fraude na emissão de carteira de identidade no estado.

Era manhã do dia 19 de dezembro de 2019. A mulher, com aparência fragilizada e ajudada por uma acompanhante, que se identificou como Maria Aparecida da Silva, chegou ao instituto. Mas ela não recebeu o documento que esperava. Os papiloscopistas do Instituto de Identificação, diante do pedido feito pelo Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), após um atendimento médico, já tinham analisado as impressões digitais - utilizando também o sistema AFIS, em parceria com a Polícia Federal -, e chegaram a real identificação dela.

Diante do nome verdadeiro, Joana Darc Damasio do Nascimento, foi comunicada que seria encaminhada para uma delegacia em decorrência do cumprimento de dois mandados de prisão existentes contra ela. A história da mulher que, segundo os relatos da Justiça do Rio de Janeiro, ministrou veneno a crianças, inclusive enquanto estavam internadas, teve o capítulo final concluído com a identificação feita pelo Instituto de Identificação, que resultou na execução da sentença judicial que a condenou a 16 anos de reclusão.

Com base nesses processos de busca e análise de documentos e de impressões digitais é que essas prisões foram possíveis, permitindo fornecer uma conclusão para diversas histórias presentes em investigações e decisões judiciais; assim como explica detalhadamente o diretor do Instituto de Identificação, Jenilson Gomes, que citou também os constantes aprimoramentos dos procedimentos adotados pela instituição.

“As mudanças que fizemos, nós tivemos alguns setores como de Análise e Inteligência, que sempre que detecta falsidade ideológica, mandado de prisão ou qualquer outra circunstância que culmine em prisão, permite que o Instituto de Identificação acione a delegacia mais próxima, no caso a 2ª Delegacia Metropolitana (2ª DM) ou, a depender da situação, a Polinter, quando se trata de crimes de fora do estado. A Polícia Civil vem e faz a condução da pessoa até a unidade policial”, enfatizou.

Da ASN