Caso George Magalhães: advogada da vítima de estupro diz que nada mudou

Publiciado em 27/05/2019 as 10:38

Decidida a quebrar o silêncio, a advogada da vítima de estupro envolvendo o radialista George Magalhães, Lúcia Morgado, esclareceu pontos relacionados ao processo durante o programa Nova Manhã, da Nova Brasil FM, comandado pelos jornalistas André Barros e Priscila Andrade, na manhã desta segunda-feira, 27.

Segundo a advogada da vítima, nada mudou no processo, diferentemente do que foi veiculado na semana passada. “O que me chamou a atenção é que em nenhum momento a integridade da vítima foi respeitada, inclusive por alguns operadores de comunicação. E agora, semana passada, nos deparamos com falácias da defesa do acusado”, afirmou Morgado, reforçando que não houve qualquer tentativa da vítima em se beneficiar dos veículos de comunicação.

“Quem tenta se desvencilhar a todo o momento das acusações que lhe são imputadas é o réu, o radialista George Magalhães”, explicou Lúcia Morgado. “Não houve nenhuma mudança no plano de fundo, não houve nenhuma reviravolta como foi dito pela defesa, não houve nenhuma contradição no depoimento da vítima, muito pelo contrário, inclusive as próprias testemunhas ratificaram aquilo que foi dito na delegacia”.

Para Morgado, essa é “uma tentativa de fazer com que a sociedade tenha de volta uma pessoa que cometeu um crime tão vil, tão bárbaro, em menos de nove meses”.

A advogada reforça que não houve uma reviravolta e que tudo que foi levantado inicialmente foi retificado em audiência, mas lhe causou estranheza que provas teriam sido plantadas pela defesa do acusado, como um laudo psicológico que, segundo Morgado, feito de forma irregular por um psicólogo desconhecido ao processo de justiça. “Nós temos laudos psiquiátricos e  de psicólogos que atestam que minha cliente está com síndrome de stress pós-traumático cumulado com depressão”, informou, ressaltando que cinco profissionais chegaram a esta conclusão e que a prova foi criada de maneira irregular, sem conhecimento da vítima de do juiz do caso.

“Não tem como mudar. Diferente do que induz a defesa, não existe contradição. Que tipo de contradição que pode ter contra a verdade? Não existe. A verdade é única”, reforçou a advogada. “Não houve nenhuma reviravolta no caso. Laudos psicológicos foram emitidos que atestam a condição da vítima. A palavra da vítima tem uma força probatória muito grande nesse caso. O exame de corpo de delito foi feito. Que tipo de contradição poderia ter? Não existe contradição quando há uma verdade”, concluiu.

Uma nova audiência está prevista para junho deste ano.