Maria Mendonça manifesta indignação pela morte de professora em Campo do Brito

Publiciado em 13/09/2017 as 16:14

A deputada Maria Mendonça (PP) manifestou repúdio ao descontrole da violência contra a mulher em Sergipe. Na sessão plenária desta quarta-feira (13), a parlamentar apresentou dados que classificou como estarrecedores. “De janeiro até o momento já foram registrados 45 homicídios de mulheres, seis delas vítimas de latrocínio (roubo com morte). Os marginais chegaram a um ponto inaceitável”, lastimou Maria, ao fazer referência à morte da professora Ivânia Santana Souza Oliveira, 45 anos, assassinada, ontem à noite, dentro de seu carro no estacionamento da Escola Guilherme Campos, localizada no município de Campo do Brito, no agreste sergipano, onde trabalhava.

 

Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, Maria Mendonça destacou os dados do Mapa da Violência que apontam um aumento de 77,7% no número de homicídios dolosos em Sergipe entre 2005 e 2015. Na ótica da deputada, embora os índices de mortes violentas também cresçam em outros Estados, Sergipe “se destaca porque falta estrutura, contingente policial e, acima de tudo, vontade política para resolver os problemas da segurança pública”.

 

De acordo com a deputada, a execução da professora chocou toda a região agreste levando ainda mais preocupação à população em relação ao avanço da criminalidade. “É preciso que a população exija do Governo uma resposta imediata para este crime contra uma profissional que prestou relevantes serviços ao Estado de Sergipe através da educação, trabalhava com responsabilidade e dedicação, mas teve a vida ceifada quando estava saindo da instituição de ensino”, declarou Maria Mendonça, ao manifestar solidariedade aos familiares da educadora que também lecionou na Escola Estadual Murilo Braga, em Itabaiana, sua cidade natal.

 

Casos recorrentes

Maria chamou a atenção para outros sintomas da falta de zelo do Governo Estadual com a educação. Segundo a deputada, o Poder Público permanece inerte diante dos recorrentes casos flagrantes de desrespeito à instituição escolar. Ela citou o exemplo do Colégio Estadual Nestor Carvalho, em Itabaiana, que já foi alvo de ações criminosas por 11 vezes.

“Amedrontada, a comunidade escolar procurou a Diretoria Regional de Educação (DRE 3), responsável pela unidade, para reivindicar mais segurança, medida que não surtiu o efeito almejado pelos professores e alunos”, disse a deputada, observando que  a escola tem somente  um cadeado. “Ou seja, o marginal vê que não tem segurança e sabe que pode agir livremente”.

 

Maria Mendonça apelou à sensibilidade dos seus pares e demais agentes públicos no sentido de que haja uma mobilização em prol da recuperação dos princípios e valores que norteiam a sociedade. “Não mataram a professora Ivania, apenas. O que estão fazendo é destruir, desmoralizar a instituição escolar. Se nem a escola é preservada, o que esperar? Precisamos estar atentos a estes sinais e exigir que o Governo chame o feito à ordem”, alertou a deputada, ao apontar a necessidade de construção de uma política pública “voltada para disseminação da cultura de paz no seio da escola, no ambiente familiar e demais segmentos da sociedade”