A deputada estadual Maria Mendonça (PP) voltou a lamentar o alto índice de violência registrado em Sergipe, o que tem levado o Estado à condição dos mais violentos do país. “Vivemos um verdadeiro caos. O clima de insegurança é muito grande. A população está à mercê de Deus e da própria sorte, pois o Estado, que deveria garantir essa segurança, que é um direito constitucional de todo cidadão, tem negligenciado muito”, reclamou a deputada.

Maria citou que só em Itabaiana, esta semana foram registrados cinco homicídios em menos de 48 horas, contabilizando 47 só este ano. “É algo assustador. A população está em polvorosa. Os itabaianenses, assim como os demais sergipanos, estão apavorados com tamanha violência”, afirmou Maria, acrescentando que isso denota a falta de políticas públicas eficientes e eficazes, bem como a falta de investimento por parte do Governo do Estado. “Falta investimento de toda a ordem. Não há veículos, não há pessoal, não há nada. Há tempos venho denunciando na tribuna da Assembleia Legislativa que o Estado vive um verdadeiro desmantelo”, destacou a deputada.

De acordo com Maria Mendonça, o caos instituído na segurança de Sergipe é confirmado pelos dados do Anuário de Segurança Pública de 2016, segundo os quais a taxa de mortes violentas registradas em Sergipe é o dobro da média nacional. “Em São Paulo, que é o maior Estado do país, registrou uma taxa de 11,7 mortes a cada 100 mil pessoas. Já Sergipe, o menor Estado da Federação, são 57,3 para cada 100 mil pessoas. Um disparte injustificável”, considerou a parlamentar, apontado que vários outros Estados, a exemplo da Bahia, Alagoas e Ceará tiveram uma redução no número de mortes.

“Os sergipanos pedem socorro, pois estão desemparados pelo Estado que deveria lhe oferecer segurança”, disse, adiantando que as Delegacias estão inviabilizadas em virtude do sucateamento de frotas e da falta de pessoal para atender a todas as demandas diárias das comunidades. “O Governo precisa ter mais compromisso com os sergipanos; precisa viabilizar políticas públicas eficientes e eficazes capazes de garantir os serviços essenciais à população”, cobrou Maria.