Uma grande fanfarronice, por Alex Nascimento

Publiciado em 28/10/2017 as 16:17

O prefeito de São Paulo, João Doria, foi homenageado na noite desta quinta-feira, 26, com o título de cidadão Sergipano. Essa história da Assembleia Legislativa e das câmaras de vereadores andarem de “papel em papel” alimentando vaidades e personalismos é quase sempre uma tolice política que dar dó.
Para quem sugere a honraria, no caso da noite de ontem o deputado Augusto Bezerra, por mais que haja a possibilidade de retribuição do afago prestado, seja lá de que ordem for; junto à opinião pública o sujeito quase sempre saí mal na fita, posto que os escolhidos para o título de cidadão via de regra não merecem tanto assim.
A sociedade sabe que essas concessões servem, na maioria das vezes, para promover congratulações entre os começais de uma velha política, ao tempo que explicitam para a opinião o fato de que tais políticos continuam perdidos, desorientados, incapazes que são de usar novas estratégias para chamar a atenção da sociedade e assim pautar a imprensa com uma agenda ousada, fora dessa caretice política que a sociedade não mais aguenta.
É verdade que João Doria tem cá um pezinho da história familiar nessas tupiniquins terras, tem até parentesco com o ex-governador Seixas Dória. Mas cá entre nós o papo do título soa mesmo mal e até revela um certo traço do político homenageado, e isso não porque um grupo de “jovencitos” foi para a assembleia gritar as velhas frases carcomidas da velha carcomida esquerda nacional.
Aliás, essa rapaziada “tipo assim, saca” parece tão perdida quanto essa turma de parlamentares que fica oferecendo, em nome da sociedade, uma certidão que a sociedade gostaria de somente conceder a verdadeiros merecedores, pessoas que serviram ou que sirvam de exemplo para toda a sociedade, especialmente para os jovens.
A rapaziada gritou “João Doria fanfarrão”. Na verdade, essas enfadonhas entregas de títulos que roda e vira um vereador ou um douto deputado qualquer cisma em promover com foco em seus interesses particulares e de seus homenageados, assim como os velhos dizeres esquerdistas na boca dessa rapaziada, em nada atende às expectativas da sociedade. Como de resto acontece no Brasil, tudo vira uma grande fanfarronice!