PGR nao fez pericia na gravação, diz jornalista

Publiciado em 21/05/2017 as 06:53

A gravação da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista pode não ter sido avaliada a fundo pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo informações da jornalista Vera Magalhães, procuradores que participaram das negociações da delação premiada dos executivos da JBS confirmam em caráter reservado que o áudio não foi periciado antes de ser usado como uma das provas no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Temer. Por outro lado, a J&F, holding que controla a JBS, divulgou nota neste sábado (20) alegando que Joesley entregou à PGR a íntegra das gravações feitas com o presidente. O comunicado destaca que "não há chance alguma de ter havido qualquer edição do material original, porque ele jamais foi exposto a qualquer tipo de intervenção". Mesmo que a gravação feita em março deste ano seja desconsiderada como prova, procuradores sustentam que isso não invalida as demais provas colhidas na Operação Patmos, fase da Lava Jato relacionada à delação premiada dos executivos da JBS. “Não se pode dizer que a sequência fática de crimes, com flagrantes de entrega de dinheiro, simplesmente não existiu”, disse um procurador à jornalista Vera Magalhães.