Fachin retira sigilo das delações do casal João Santana e Mônica Moura

Publiciado em 11/05/2017 as 17:19

O sigilo das delações premiadas do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que atuaram em campanhas petistas, foi retirado pelo relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin.

Os marqueteiros são investigados por suspeita de terem recebido dinheiro de caixa 2 por trabalhos em campanhas eleitorais. Também foi retirado o sigilo da delação de André Luís Reis Santana, funcionário do casal.

João Santana e Mônica Moura atuaram nas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) e foram presos em fevereiro de 2016 e libertados em agosto do mesmo ano.

A delação premiada foi homologada em abril por Edson Fachin e, apesar de não terem foro privilegiado, o acordo tramita no STF por envolver autoridades, como ministros e parlamentares.

Durante as investigações da Lava Jato, foram encontrados indícios de que João Santana recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.

O ex-marqueteiro do PT e a mulher confirmaram ao juiz federal Sérgio Moro que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro Zwi Skornick foi de caixa dois da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010.