Eduardo Amorim cobra urgência de ajuste fiscal e tributário e sugere postergar Reforma da Previdência

Publiciado em 06/04/2017 as 09:00

O senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) usou a tribuna do Senado para ampliar o debate sobre os desdobramentos da Reforma Previdenciária. Ele acredita que o melhor que poderia ser feito é “postergar essa reforma, cuja tramitação, historicamente, demanda um período longo”. O parlamentar defende que seja realizada, inicialmente, a reforma tributária “se queremos que o país cresça, até mesmo para ter condições de prover as próximas gerações dos benefícios, se queremos gerar empregos, o que precisamos fazer, urgentemente, é a reforma tributária”.

Segundo o senador, no Brasil paga-se mais de 90 tributos. A ânsia arrecadatória em todos os diferentes níveis de governos é insaciável, por outro lado a fiscalização é difícil e a sonegação imensa. “Todos esses tributos atingem as pessoas jurídicas e as pessoas físicas, as empresas e todos os cidadãos, sem exceção, alcançando o patamar de mais de 35% do PIB, a carga tributária brasileira sobre o PIB é a maior das Américas e a 14ª do mundo”, explicou.

Para Eduardo, essa carga onerosa de tributos impede o desenvolvimento econômico e a criação de empresas, mesmo as beneficiadas pelo programa Simples. “Com tanto percentual da renda nacional destinado ao pagamento de tributos, o país não cresce. Isso intimida a vocação empreendedora do brasileiro, ele descrê de ter um comércio, de ter uma indústria, de prestar serviços”, detalhou.

Dívidas com a Previdência

“A maioria dos municípios brasileiros têm dívidas com a Previdência, então sugiro que o governo federal renegocie o pagamento dessas dívidas, desde que os municípios aceitem que os repasses a serem feitos pela União já sejam feitos com o devido desconto na fonte, assim como acontece com qualquer trabalhador”, disse Eduardo ao defender a reforma tributária.

O senador afirmou que, a reforma tributária simplificadora em sua essência expansionista em seus resultados, deveria ser prioritária, pois contribuirá fortemente para uma Previdência Social mais robusta. “A economia forte gera empregos, aumenta o número de pessoas e empresas em atividade, contribuindo para a Previdência, aumentando o seu caixa para fazer frente ao pagamento de seus vários benefícios”, disse.