UE, EUA e até papa condenam ameaça nuclear de Putin

Publiciado em 21/09/2022 as 16:00
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As ameaças nucleares feitas nesta quarta-feira (21) pelo presidente russo, Vladimir Putin, repercutiram fortemente entre os países da Europa e dos Estados Unidos. Até o papa Francisco se pronunciou sobre as falas de Putin.

"É uma loucura pensar em usar armas nucleares neste momento", declarou o pontífice durante sua audiência semanal no Vaticano.

Mais cedo, Putin fez um pronunciamento em TV aberta aos russos anunciando a convocatória de cerca de 300 mil reservistas do país e ampliando por tempo indeterminado o contrato de soldados que já estão no campo de batalha. Ele disse ainda ter aumentado verbas para armamentos e afirmou que seu país tem "meios de destruição" mais modernos que os da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, chamou as palavras de Putin de "retórica perigosa e imprudente".

"Vamos garantir que não haja mal-entendidos em Moscou sobre exatamente como vamos reagir. Claro que depende do tipo de situação ou de que tipo ou armas eles podem usar. O mais importante é evitar que isso aconteça, e é por isso que estamos sendo muito claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes desse ataque", declarou Stoltenberg.

O porta-voz da União Europeia declarou que, com a fala, Putin "está travando uma aposta nuclear muito perigosa".

A ministra de Relações Exteriores do Reino Unido, Gillian Keegan, disse que o discurso de Putin é uma "escalada preocupante", e que as ameaças devem ser levadas à sério.

Já o secretário de Defesa britânico disse achar que as novas ações russas são um sinal de fracasso na Ucrânia.

Para o chanceler alemão, Olaf Scholz, a mobilização militar da Rússia nada mais é a certeza de que a campanha militar de Moscou na Ucrânia não está sendo exitosa, segundo disse seu porta-voz.

Em entrevista ao tabloide alemão "Bild", o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky disse não achar que a Rússia usará armas nucleares.

Fonte: G1