Trabalho humanitário da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes é homenageado pela Academia Sergipana de Letras

Publiciado em 15/06/2020 as 09:29

A Academia Sergipana de Letras, em reconhecimento ao trabalho realizado na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), gerida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), homenageou os profissionais da unidade pelo carinho e cuidado com a pequena Joana Vitória, um bebê de menos de três meses, que perdeu a mãe 42 dias após nascer, em Aracaju, e foi levada para a família, em Navegantes (SC), no final de maio, onde segue sob acompanhamento médico.

Os imortais sergipanos, por meio de manifesto de aplausos, destacaram o trabalho de “todos os profissionais e gestores da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, pela extraordinária e exitosa missão humanitária na assistência multiprofissional à pequena Joana Vitória, e que culminou com o seu transporte aero médico de Sergipe para Santa Catarina com pleno êxito, onde residem os seus familiares, num momento de extremo sofrimento pelo súbito falecimento da mãe parturiente”, diz o documento da Moção de Aplausos. 

A Academia ressaltou ainda o caráter humanitário do serviço prestados na Maternidade. “São ações como essa, envolvendo dezenas de profissionais das mais diferentes áreas, que dignificam e elevam ainda mais a nossa Saúde Pública, com ações muito especializadas tecnicamente, mas repletas de humanismo", consta o registro.

O transporte aeromédico foi realizado por equipes da Força Aérea Brasileira (FAB), em 29 de maio. A menina levou junto uma carta escrita pelos profissionais da que Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. "Você nasceu ainda bem pequenininha. Eram você e a mamãe. A sua mãe corajosa e cheia de amor por você. E a gente, 'titios e titias', que não temos o mesmo sangue, mas crescemos e aprendemos com vocês. No começo, as titias entravam na UTIn junto com a mamãe para ela te visitar, mas logo ela já vinha sozinha e queria ficar o máximo de tempo com você. E todos os dias, mais de uma vez por dia, ela vinha ficar. Te dar carinho e amor, cuidar de você. E assim ela fez todos os dias, até o dia que não pôde mais. O dia que ela começou a cuidar de você e te amar sem você poder a ver, ou sentir o seu toque de carinho, ou o cheirinho dela. Mas ela segue te cuidando de outro jeito. E continuará", relata um trecho da carta.

Joana Vitória saiu da maternidade para o Aeroporto Santa Maria, em Aracaju, em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sob escolta de policiais do Grupamento Especial Tático de Motos (Getam). 

O caso

No início de março, quando os pais passavam por Sergipe, a mãe sentiu as dores do parto, foi levada à maternidade e submetida a uma cesariana. Joana Vitória nasceu prematura, com 32 semanas e dois dias, e foi direto para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn). Dias após dar à luz, a mãe teve problemas cardíacos e faleceu.


Da ASN com informações da Agência Força Aérea