Devido a rotina agitada, muitas pessoas não têm tempo para fazer atividade física com regularidade. A alternativa mais vantajosa para este público é aproveitar os sábados e domingos para compensar a ausência de uma rotina de exercícios. Os atletas de fim de semana, como são chamados, geralmente aderem a corridas e pedaladas no parque, futebol, ou mesmo fazendo trilhas. Mas a falta de constância traz consequências como dores musculares, sensação de fadiga durante dias e até lesões.

Para entender melhor sobre ser um atleta de fim de semana, o professor do curso de Educação Física da Universidade Tiradentes (Unit), Madson Rodrigo, explica como a prática de exercícios aos fins de semana atua, com algumas ressalvas, em benefício do bem-estar. “Embora não seja o ideal realizar exercícios somente aos fins de semana, é proveitoso. o futebol com os amigos, vôlei na praia, fazer uma trilha são atividades que proporcionam bem-estar. Mas sem regularidade, não garantem qualidade de vida perene”, aponta o professor Madson Rodrigo. 

Uma cartilha publicada pela Organização Mundial de Saúde recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos, incluindo quem vive com doenças crônicas ou incapacidade. Bem como uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.

Atletas de fim de semana

As práticas coletivas são mais aderidas pelos ‘atletas’ de fim de semana, pois viabilizam uma interação social que incentiva os que praticam algum esporte de forma pontual. “Sem contar que os esportes praticados em equipe melhoram o ânimo, o convívio social, com as diferenças, além da integração em equipe, e são ótimas maneiras de fazer novos amigos e manter a regularidade nas atividades físicas”, comenta o professor de Educação Física.

“Pelo lado cultural, o futebol é muito visível na praia ao fim de semana, nos clubes, ginásio e nos campos de aluguel, nos famosos futebol “Society”. As práticas do momento são as de treinamento misto, com o Beach Tennis e os clubes de corrida”, conta o professor Madson Rodrigo.

Prática prazerosa

Para o professor do curso de Educação Física da Unit, Madson Rodrigo, a escolha do exercício deve partir do praticante, de quem busca a prática do exercício físico. “Por exemplo, se eu não gosto de nadar, a natação com certeza, mesmo com todos os benefícios apontados nas publicações e artigos científicos, não seria a melhor atividade para mim. É preciso realizar uma atividade prazerosa para manter costancia”, afirma o professor.

“A caminhada e a natação, modalidades consideradas como práticas que vão além do rendimento, são prescritas como esportes para a saúde e não esquecendo a hidroginástica e a ginástica de solo, com seus benefícios para públicos específicos”, pontua o professor Madson.

O melhor benefício e resultado com a atividade física parte do querer. “A ideia é escolher a prática iniciando pelo lado da motivação psicológica, fazer uma modalidade que goste, aí, esse já é o melhor exercício. Depois, os lados físicos e fisiológicos, como ‘sinto meu corpo melhorando a cada dia’, com a progressão das atividades e continuidade da prática, o rendimento vem em escalas ascendentes de rendimento e satisfação do praticante”, explica.

Asscom Unit