Bem cuidado e saudável, o leão Léo continua sendo a maior atração do zoológico de Aracaju

Publiciado em 31/08/2021 as 16:49

A juba abundante é o seu cartão de visitas, e, mesmo com o olfato e audição apurados e o olhar penetrante e intimidador, o leão Léo continua sendo a maior atração e o xodó dos funcionários, e, principalmente dos visitantes do Zoológico de Aracaju, situado no Parque Governador José Rollemberg Leite, no bairro Industrial, que é mantido pelo Governo de Sergipe, por meio da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).

Nascido em cativeiro no ano de 2005, o felino da espécie Panthera Leo chegou em terras sergipanas em 17 de fevereiro de 2012, para ocupar o lugar do companheiro da mesma espécie, chamado Simba, falecido oito meses antes, e, em pouco tempo, adaptou-se ao novo lar e conseguiu facilmente cativar os tratadores de animais que trabalham no espaço, sendo constantemente paparicado pelos biológos, médicos-veterinários e zootecnistas.

No ano de 2016, a companheira do Léo veio a óbito, e, por alguns meses, ele passava os dias cabisbaixo e muito triste em razão da ausência da sua parceira de jaula. Vencido o período de luto, o felino foi se restabelecendo e voltou à sua vida normal cheio de vitalidade.

A rotina do Léo    

Atualmente pesando aproximadamente 230 kg, Léo possui uma rotina disciplinada e alimentação regrada. Segundo o médico veterinário, Hildebrando Vieira Filho, os cuidados com o sustento do bicho são rigorosamente seguidos para que ele possa ter uma vida longa e sadia. "Todos os dias às 7h da manhã ele recebe visita clínica, e, sua situação é de um animal saudável. Por ser totalmente carnívoro, sua dieta é balanceada a fim de que sua imunidade esteja sempre em alta, proporcionando-lhe maior resistência às doenças. Na elaboração das tabelas nutricionais, temos o cuidado de variar os itens da dieta no decorrer da semana a fim de que sua alimentação não se torne monótona", especifica.

Hildebrando Vieira detalha o cardápio servido ao leão. "Suas refeições são compostas por 7 kg de carnes variadas, sendo elas, músculo, fígado e coração bovino, pescoço de galinha e ainda suplementação aminoacídica e mineral. As vísceras utilizadas (fígado e coração) são fontes de nutrientes importantes, como gorduras, minerais e vitaminas, uma vez que eles são incapazes de produzi-las”, explica.

O profissional acrescenta que recentemente, Léo passou por exames de rotina. "Foram realizadas algumas ultrassonografias, limpeza de biofilme (remoção de uma película pegajosa que reveste os dentes e contém bactérias), limpeza de tártaro, coleta de sangue, análise das unhas e rigidez. Ao final da bateria de exames, constatou-se que ele encontra-se com bastante vigor, saudável e feliz", afirma.

Bem mais que os cuidados com a alimentação, o felino tem à sua disposição um ambiente arejado e limpo, água fresca e enriquecimento ambiental semelhantes aos quais ele encontraria na natureza, caso não tivesse nascido em cativeiro. “Em seu habitat natural os leões vivem de 10 a 14 anos, em cativeiro podem viver ainda mais. O Léo tem 16 anos e não se adaptaria a outro ambiente. Os cuidados e a qualidade de vida lhe proporcionados foram responsáveis pela idade dele já ter ultrapassado a vida média e continuar com vitalidade, e, comparado à expectativa de vida em relação a outros animais da mesma espécie de outros zoológicos, a do nosso leão é ótima”, enfatiza o veterinário. 

Além de ser um importante ponto turístico da capital, o Governo do Estado ressalta que o  zoológico e o Parque da Cidade são locais não apenas destinados à visitação e lazer, mas também de estudos, pesquisas e um grande instrumento de estimulo à conscientização e respeito à fauna e a natureza de um modo geral, por isso, investe na manutenção e preservação do espaço, tendo como últimas intervenções, a revitalização dos abrigos dos animais e a construção do Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), local específico para o cuidado dos animais que são apreendidos, resgatados ou que são entregues voluntariamente à Adema.

 

Da ASN