Sergipanos da The Baggios vão abrir primeira noite de shows do Projeto Verão 2020

Publiciado em 24/01/2020 as 18:14
Aclamada como uma das melhores bandas de rock do país, a banda sergipana The Baggios será a primeira atração a se apresentar no Projeto Verão 2020, evento realizado pela Prefeitura de Aracaju, com patrocínio do Ministério do Turismo, nos dias 1 e 2 de fevereiro, na Orla da Atalaia.
 
O trio, formado por Júlio Andrade (guitarrista e vocalista), Rafael Ramos (Baixista e tecladista) e Gabriel Perninha (Baterista), trará ao público as músicas do lançamento mais recente da banda, o álbum “Vulcão” (2018), indicado ao Grammy Latino, além de canções de trabalhos anteriores, em um show completo e potente. 
 
A volta do The Baggios ao palco do evento, retomado este ano no formato com atrações artísticas após seis anos, terá um sabor especial para os membros do grupo, por conta do apelo nostálgico e da possibilidade de olhar a consolidação da carreira de mais de 15 anos sob uma nova perspectiva.
 
“O Projeto Verão foi a primeira experiência que eu tive com a Baggios de tocar para uma multidão. Eu me lembro que foi em 2008, abrindo o show de Paralamas do Sucesso, na Orla da Atalaia, para umas 30 mil pessoas. Foi uma coisa mágica apresentar a nossa música para aquela galera nos primeiros passos da banda, quando começavamos a ganhar uma proporção maior”, lembra Júlio.      
 
Depois de 12 anos de estrada, quatro discos lançados, a transformação de duo em trio - Rafael virou membro efetivo da banda no Vulcão, embora tenha colaborado também no Brutown (2016) -, a emoção de tocar na capital sergipana, para os conterrâneos, continua a mesma. 
 
“Tocar em Aracaju é sempre especial, pois foi onde a gente começou a tocar. Então, por mais que a gente já tenha tocado em outros espaços ao redor do mundo voltar ao nosso estado é muito gratificante, sobretudo em um evento que possibilita um público tão diverso. Eu vejo evento também como uma maneira de formar público, abrir a possibilidade de conhecer bandas que não se escuta no dia a dia. Assim, às vezes, as pessoas saem de casa por conta de uma atração nacional, mas descobrem outros sons”, ressalta o vocalista.  
 
O nome do grupo é uma homenagem a uma figura de São Cristóvão, local de origem da banda, um músico andarilho, que costumava se apresentar no município. Essa mistura entre influências do rock mundial, especialmente da década de 1970, com a cultura nordestina, a tradição cancioneira da região, moldam o som que ganhou o Brasil e o mundo, provando que o talento e a persistência ora ou outra são reconhecidos. 
 
“Eu creio que essa ideia de ‘resistência’ que as pessoas citam é devido ao tempo em que a banda está em atividade, sem parar,. dentro de uma realidade difícil, pouco incentivo, com um tipo de som que vai de encontro à música que toca mais popularmente. Nos últimos tempos, a gente tem conseguido superar algumas barreiras, e sair da bolha e dessa crença de algumas pessoas daqui, no sentido de mostrar que é possível sim partir de Sergipe, com um som que consegue chegar ao Grammy Latino e nos grandes festivais”, conta. 
 
O bom momento vivido pelo grupo, aliado a uma criatividade prolífica de Julico, como o guitarrista é conhecido, proporcionará um ano de 2020 cheio de presente para os fãs. Acontece que o primeiro álbum solo do músico referido será lançado, um trabalho paralelo ao que é feito em grupo.
 
“O disco veio da necessidade de trazer algumas músicas que estavam engavetadas, que não cabiam muito no processo da Baggios, talvez por serem um pouco mais simples, um formato mais popular, dentro do universo do soul, funk, samba-rock e samba-jazz. Acho que está mais ligada a cultura cancioneira, mais melódica”, explica. 
 
Agora, resta àqueles que curtem o som feito pelos sergipanos aguardar a primeira noite de shows do Projeto Verão 2020.
 
Da AAN