Professor universitário conquista medalha de prata no triathlon sprint

Publiciado em 24/09/2022 as 07:00

Professor e esportista há mais de 10 anos, César Pavão coleciona vários títulos em competições de triathlon. O mais recente foi conquistado no dia 11 de setembro, em Maceió-AL: medalha de prata na categoria 40/44 e oitavo lugar geral no Campeonato Brasileiro de Triathlon Sprint. No triathlon sprint (ou short), são 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida. 

 

“Conquistar algo é sempre bom. Mas entro em uma prova para dar o meu melhor, minha preocupação não é com os ‘adversários’ e sim comigo. Quero sempre dar o meu melhor, se isso for suficiente para ganhar, maravilha. Caso contrário, maravilha também. Uma coisa boa do triathlon: mesmo quando não se ganha a prova algo de muito bom se tira como aprendizado”, conta.

 

Pavão participa de provas como atleta amador, mas tem alcançado espaço no esporte. “No triathlon, essas provas são chamadas de ‘Age Group’, ou seja, categorias de idade. Então, a disputa é sempre entre pessoas ‘normais’ que têm trabalho, família e outras tarefas no dia a dia”, explica. Para ele, é difícil dizer o que o esporte significa, mas cita algumas palavras que remetem ao triathlon: “disciplina, aprendizagem, coragem, resiliência, paciência e prazer”, afirma.

 

A trajetória na modalidade começou quando fazia o doutorado em geociências aplicadas pela Universidade de Brasília (UNB), em 2011. “Sempre pratiquei esportes, porém em 2008 quando me mudei para Brasília para fazer meu mestrado e doutorado dei uma parada. Em 2011, ainda no doutorado, sentia dificuldade em subir escada, estava me alimentando muito mal e com sobrepeso. A partir desse momento retomei o esporte, comecei com a caminhada, uma corrida leve, um passeio de bike e algumas aulas de natação”, relembra o professor.

 

Segundo ele, o esporte impactou até mesmo a sua profissão.  “O triathlon em si é muito interessante, pois cada treino é distinto do outro, cada prova depende de inúmeras variáveis como distância, altimetria, temperatura, vento etc. Ou seja, temos sempre que estar nos reprogramando e improvisando. A rotina de professor é muito semelhante, jamais uma aula será igual a outra. O simples questionamento de um aluno pode levar a aula para um rumo completamente distinto do planejado, assim teremos que nos reprogramar e improvisar também”, ressalta.



Títulos

Desde que o professor começou a praticar o esporte, já coleciona vários títulos, entre eles os de campeão brasileiro de Sprint Triathlon (2013), terceiro colocado no brasileiro de Sprint Triathlon (2014) e no Troféu Brasil de Short Triathlon (2014), campeão brasiliense de triathlon (2014), campeão do SESC Triathlon de Palmas-TO (2014), ironman finisher (2015, 2017, 2019 e 2021), vice-campeão sergipano de Aquathlon (2020) e vice-campeão da última etapa do Brasileiro de triathlon.

 

Os resultados alcançados por Pavão têm levado o nome de Sergipe às mais diversas competições. No entanto, a prática do esporte no estado não é tão conhecida pela falta de incentivo. “Vale citar que há alguns anos, a Federação de Triathlon de Sergipe está inativa. Então, a situação do triathlon sergipano está diretamente ligada à boa vontade das assessorias esportivas e algumas pessoas que se aventuram em organizar treinos, simulados e provas, gostaria de aproveitar a oportunidade para parabenizar e citar a Peaks Coaching Group, CF Assessoria e a turma do Caranguejoman que estão movimento e lutando pelo triathlon no estado”, conclui.

 

 

 

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