Amélia Uchôa é homenageada com o título de Acadêmica Benemérita da ABLAC
Foi realizada na sexta-feira,13, em Aracaju (SE), a posse coletiva dos membros da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço (ABLAC). A solenidade aconteceu no auditório do bloco D da Universidade Tiradentes, campus Farolândia.
Ao todo foram empossados 46 acadêmicos titulares, três honorários, seis beneméritos e nove correspondentes. Entre os acadêmicos beneméritos está a Vice-Reitora da Universidade Tiradentes, Amélia Maria Uchôa.
“O nome da professora Amélia Uchôa sempre foi reverenciado como uma grande incentivadora da cultura de Sergipe e do Nordeste. Estamos muito felizes por ela ter aceitado no nosso convite e de estar conosco nessa missão de resgate da história do sertão”, explicou Archimedes Marques, Presidente da ABLAC.
O título de Acadêmico Benemérito é outorgado a personalidades que prestaram relevantes serviços à instituição. “Essa homenagem foi uma surpresa. Me sinto honrada pelo reconhecimento de um trabalho ainda em vida, apesar de achar que eu não sou tão merecedora”, revelou Amélia Uchôa.
Sobre a missão na Associação Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, a Vice-Reitora fez questão de ressaltar que esse fenômeno social, político e cultural de boa parte da região Nordeste é tema que merece ser estudado. “Sou uma pessoa muito curiosa com a história do cangaço, do sertão, da caatinga, porque isso é muito nosso. As nossas escolas não mostram com profundidade o que foi esse movimento. Então, chegou a hora de exaltar e estudar intimamente esse assunto”.
Entre os Acadêmicos Beneméritos, também foram empossados o ex-governador Albano Franco, o Conselheiro do Tribunal de Contas Carlos Pina, membro da Academia Sergipana de Letras e o deputado estadual por Alagoas, Inácio Loiola.
“Não podemos falar do nordeste sem vultos como Lampião, Padre Cícero e Luiz Gonzaga. A nossa cultura é riquíssima e precisamos fazer esse resgate”, afirmou Loiola.
“A ABLAC é a exaltação da nordestinidade, da sergipanidade, dessa vivência cultural do sertão nordestino”, completou o Conselheiro Carlos Pina.
A Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço foi criada e lançada oficialmente na noite do dia 25 de julho de 2019 durante a Programação Oficial do Cariri Cangaço 10 Anos, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. A ABLAC apresenta como acadêmicos fundadores, representantes de oito estados da federação, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo e Piauí. É o maior movimento que existe no Brasil que reúne, anualmente, os estudiosos em questões do nordeste, do sertão. Um dos grandes incentivadores foi professor, escritor e membro da Academia Sergipana de Letras, Domingos Pascoal.
“Mais uma academia que nasceu nesse universo maravilhoso de Sergipe. É mais um acontecimento significativo para o nosso Estado. É a literatura em movimento”, disse.
O primeiro presidente da ABLAC é o pesquisador e escritor sergipano, Archimedes Marques, eleito para o quadriênio 2019-2022. De acordo com o regimento, o presidente tem o direito de instalar a sede no estado de origem.
Conhecedor da prerrogativa, o Reitor Jouberto Uchôa, que ocupa a cadeira 23 da Academia Sergipana de Letras, fez questão de enaltecer a iniciativa e fez um convite. “A inauguração da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço deixa uma marca indelével na Universidade Tiradentes, por esse motivo oferecemos a nossa instituição para atuar como sede da ABLAC em Sergipe”.
A cerimônia de posse foi acompanhada por autoridades, pesquisadores e acadêmicos de Sergipe e de outros Estados e por gestores da Unit e do Grupo Tiradentes. “A Unit como empresa focada na qualidade do ensino e aprendizado, enaltece esse reconhecimento à nossa vice-reitora, por toda contribuição da professora Amélia Uchôa para a sociedade sergipana”, congratulou o superintendente geral do Grupo Tiradentes, Luciano Kliemaschewsk Marinho.
Da Ascom
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