Vice-prefeita participa de seminário em combate ao abuso e exploração sexual

Publiciado em 18/05/2017 as 15:21

Existem alguns assuntos que merecem ser discutidos à exaustão: abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes é um deles. Através do diálogo e do acesso à informação qualificada é possível fortalecer os meios de prevenção desse grave crime. Nesse sentido, a vice-prefeita e secretária municipal da Assistência Social, Eliane Aquino, compareceu ao Seminário ‘Faça Bonito', realizado pelo Ministério Público Estadual na manhã desta quinta-feira, 18, com foco no enfrentamento a esse tipo de violência.

Eliane Aquino acredita que esse assunto precisa ser abordado a todo tempo. "Discussões como essa são necessárias o ano inteiro. Se nós não fizermos efetivamente essa rede de proteção, que perpassa pelo poder público, poder judiciário e sociedade civil, funcionar, a gente nunca vai conseguir diminuir esse mal. É uma necessidade de todos nós denunciarmos isso, no cuidado com as nossas crianças, porque o mal como esse a criança leva para a vida inteira".

O procurador Geral do Ministério Público em exercício, Eduardo D'Ávila Fontes, elucidou que o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes não extingue a luta contra a violência sexual das outras faixas etárias, mas que nos jovens as marcas da agressividade são mais profundas. "A exploração sexual é danosa e nefasta em qualquer faixa etária, mas ela é muito mais prejudicial quando as pessoas não têm, na verdade, o livre arbítrio bem definido e, portanto, precisam muito do nosso cuidado. É um tema de extrema importância pra que a gente possa, efetivamente, fazer com que os direitos das nossas crianças e adolescentes sejam garantidos", pontuou o procurador.

A Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania (Semasc) trabalha o tema nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) durante todo o ano e desde do dia 15 de maio está levando equipes dos Cras para as escolas dos territórios. O objetivo das ações é que as crianças e os adolescentes sejam informados sobre a violência, que muitas vezes é confundida com um carinho por aqueles que não possuem ainda o discernimento necessário para entender o que está havendo. A ideia é fazer com que eles entendam os casos em que o abuso pode estar ocorrendo e também a importância de buscar ajuda.

Segundo dados do Disque 100, mais de 17,5 mil crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violência sexual no Brasil em 2015. Mas esses dados ainda não são precisos, porque o número de crianças e adolescentes que não falam sobre a violência sofrida também é muito alto.

18 de maio

O 18 de maio foi escolhido como o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de crianças e adolescentes em alusão à data da morte da menina Araceli Cabrera Sanches que, aos oito anos de idade, foi drogada, violentamente estuprada e morta no Espírito Santo, em 1973.