Helom Oliveira explicou que o Banese não está deixando de atender às micro e pequenas empresas pelo fato de não estar usando integralmente os recursos que o banco tem à disposição.

“A contrapartida do banco hoje é de quase 500 milhões de reais aplicados para todos os tamanhos de empresas. Mas o nosso negócio reside enquanto pessoa jurídica, nas micro e pequenas empresas, por exemplo, os profissionais liberais também são atendidos através de linha de microcrédito e nós temos quase 8 milhões de reais aplicados nessa modalidade”, afirma.

Ele enfatizou que o Banese faz uso dos recursos do Fundo de Aval do Estado de Sergipe, com aproximadamente um milhão de reais aplicados.

“Estamos trabalhando esses recursos com a perspectiva de reativação de uma série de setores que trabalham em cadeia. Temos  parte do pólo têxtil deTobias Barreto em que os recursos chegaram mesmo sem os empréstimos, para a confecção de máscaras. Não estamos deixando de socorrer”, garante”, acrescentando que o banco tem várias modalidades de recursos, verificando quais os melhores para a demanda atual, citando como exemplo a cadeia de turismo.

Empresas

Sobre a quantidade de empresas atendidas, o diretor do Banese informou que até o momento, foram 1.432 empresas, sendo que, cada uma recebe um suporte específico, algumas a exemplo das que trabalham com delivery, estão com prazo de carência de seis meses, ou seja, só começarão a pagar em 2021, após começar implementar as vendas presenciais.

“Pelo volume de empresas a gente deixa bem claro que está sim trabalhando com os micro, pequenos e médios empresários. São 163 milhões em operações de crédito que já foram liberados e em torno de 47 milhões que estão em carteira, ou seja, na esteira de análise de aprovação somente no período, a partir da segunda quinzena de março de 2020”, esclarece.

Burocracia

Ele lembrou não dar para fugir que empréstimos à pessoa jurídica, carece de burocracia. “Isso a gente está trabalhando para reduzir e talvez não seja possível entregar tudo no prazo que está posto, mesmo sabendo que isso é uma dor para o cliente. Temos projetos na área de tecnologia sobre a automação dessas análises”, diz enfatizando que a pandemia vai provocar o fechamento acelerado de empresas.

“Dificilmente os empresários têm um colchão para trabalhar em períodos de dificuldade porque empreendem o trabalho de fato para fazer o negócio acontecer. E se não houver auxílio emergencial às empresas por parte do Governo Federal, não haverá oferta para que haja demanda. Não sabemos qual será a velocidade para a liberação desses recursos da Secretaria do Tesouro Nacional para o BNDES e depois o Banese, que é credenciado para empréstimos mais elevados”, afirma.

Alternativas

O diretor de Finanças do Banese elencou algumas alternativas para as questões postas.

“Do ponto de vista da administração do banco, a melhor solução possível, que garante controles internos, que não vai haver nenhuma reprimenda na aprovação dos números do banco e análise de órgãos independentes como a Comissão de Valores Imobiliários e Banco Central do Brasil, o que nós estamos fazendo é a melhor solução possível para dar alternativas aos nossos clientes; além dos seguros e o próprio cartão de crédito”, informa.

Décimo Terceiro

Quanto à liberação do 13º salário para os servidores públicos, Helom Oliveira ressaltou que existe um fator chave para a determinação, que é o vencimento.

“Acredito que o Governo do Estado está na incerteza de quando os recursos de socorro prometidos pelo Governo Federal, virão para o Tesouro Estadual, para que tenhamos mais clareza de quando essa operação vai acontecer. Da parte do banco, temos toda a infraestrutura de sistema e processos preparada para entregar essa solução e o ponto que está em discussão é o investimento; de que forma será o pagamento: parcelado, à vista e isso depende de uma série de decisões acompanhadas pela Secretaria de Estado da Fazenda”, afirma.

Também participaram da sessão remota, Olga Maria dos S. Carvalhaes (Diretora de Crédito e Serviços); Renato Augusto Cruz Dantas (Diretor de Gestão Estratégica e Tecnologia); Alessio de Oliveira Rezende (Superintendente de Gestão de Riscos) e Luciano Cerqueira Passos (Superintendente de Gestão Estratégica).

 

 Da Rede Alese